sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

assinado, amor

eu lhe escrevi cartas, nesses 5 anos, uma por dia, laudas e laudas que você nunca lera, eu chorei rios, um pranto que não cansa de molhar os meus lençóis; eu lhe odiei a cada vez que notava que meu amor só crescia, por fim lhe amei ao notar que meu ódio não existia; acho que enlouqueci, acreditei sozinha num ser que não existe, um amor fingido, um carinho falso, devia acreditar no moço frio e rude que me fez acreditar que eu nunca fui nada, aquele do telefone pq não fui apresentada a ele antes? lhe dei minha palavra, não o esquecerei, mesmo sabendo que eu não existi em você, ainda doí, uma ferida grande e profunda, ainda sonho, ainda choro, ainda tenho saudades, ainda desejo, ainda amo e muito. mas não, não lhe trago novidades, é o mesmo sentimento, o mesmo querer, só a vontade de demonstrar sempre que resolveu se tornar mais forte, espero não incomodar. ontem quando olhei pela janela, eu vi a lua, pensei em você, queria te-lo aqui, loquei um bom filme, comprei algumas cervejas, sei que você iria adorar. Penso em lhe visitar, mais conheces a minha timidez, não iria sem ser convidada, acho que com isso perdi muito, me faltou um pouco dessa sua insanidade sentimental que tanto admiro, mas tudo bem, estou aprendendo a ser uma tímida sem vergonha. Então depois que me perdi em você, descobri o quão fascinante seria se você se perdesse em mim.Tenho medo de estar lhe magoando com essas palavras, mais não me peça pra não lutar por você, não me peça pra desistir de tudo que eu não posso voltar a lutar em silêncio, os apaixonados são insanos, queremos gritar ao mundo nosso sentimento pra que ele responda que não se deve lutar assim, querer assim, calaremos sua negatividade com os motivos que nos fazem lutar, querer e sentir, então não me peça pra não lutar por você, não sei se saberia. Enquanto isso, tiro canções em minha gaita, dedico as minhas palavras ao meu sentimento e espero, que anjos, santos, acasos e sonhos estejam ao meu favor, ao nosso favor.

sábado, 9 de julho de 2011

Uma, duas, três voltas...

Naquele dia, ela tinha pressa de chegar em casa acelerava o passo ao longo que passava pelo corredor, na cabeça ela sabia que eles iam se encontrar, sentia forte o seu cheiro, seu hálito deixava ela tonta, era um gosto bom que vinha da sua boca.
Achou melhor ligar no seu celular, chamou uma, duas, três... Inúmeras vezes nada pensou que ele pudesse esta ocupado no trabalho, dormindo, com outra quem sabe, não, achou melhor não pensar naquelas besteiras. Entrou no carro, ligou o som, a música tocava algo de Chico, algo que ele escutava e porém nada que tivesse marcado os dois, mais ela lembrou como ele dançava engraçado, como era lindo o seu sorriso quando ficava envergonhado, trânsito ruim àquela hora, nada podia estragar aquele momento.
Chovia tanto la fora, havia uma tempestade ali dentro, era a intensidade de seus atos e palavras que os separaram e a essa mesma intensidade lhe jogaram pra longe dele, pensava em tudo que podia dizer era mais seguro continuar, seguir sua vida, ele fazia parte dela era preciso ser dito.
Entrou em casa, correndo, pensou no que vestir por algum motivo não havia nada que na lembrança dela era a marca do que ele mais gostava, pegou qualquer coisa, banheiro, um sanduíche, no relógio marcavam 20hs.
Então ela esperou, o telefone ao seu lado,a alma presa num cigarro e encharcado de uma dose mal colocada de whisky, não resistiu o ligou, mais uma vez nada, mais duas vezes e o silêncio, doía, o silêncio a maltratava.
Então um sinal de fogo invade a tela do seu celular: N vou poder te ver hj n. Outro dia a gente se vê. Bjao.
Ela viu as letras dele ali, ouviu a sua voz naquelas duas frases tão curtas...
Os passos se tornaram mais lentos, da sala pro quarto ela viu a chuva parar la fora e a tempestade continuar la dentro.
Não era a primeira vez, uma, duas, três indas e vindas, e a quarta? Hora de apagar o cigarro e ouvir um disco do Chico, deixa a quarta por conta do acaso.
Que ele não demore tanto pra chegar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O mundo está de pernas pro ar são 00:48 e estou sentada olhando as estrelas nesta noite quente, bem vindo a recife meus caros;
A cabeça ta bem cheia, antes quem reclamava do excesso do tempo , hoje sente falta de molhar os pés no mar, então perdão meus fieis leitores não havia nada de interessante pra ocupar essas vazias linhas, até agora;
Gabo-me por escrever pessoas, há dias, meses, anos... Busco em cada trecho mostrá-las sem que precise de seus nomes, endereços, telefones, porém faltava algo, faltava mais;
A vida é que nem um extenso trem em alta velocidade, são muitas paradas de poucos segundos, a cada 3 que sobem 15 descem, sempre haverá espaço pra mais passageiros, a ultima parada é onde maquinista abandona sua cabine e passeia pelos corredores vazios do seu trem, compra-se bilhetes apenas de ida, alguns permanecem do lado de fora a espera que o trem volte a andar, outros caminham pra outra plataforma nada é igual, nada é previsível;
O primeiro vagão é composto pelos que criaram a arquitetura do projeto e de seus descendentes, eles espalham pelas laterais, pelo teto e pelos demais espaços, passo a passo da criação, como um troféu exibido a todos. São um dos poucos que mesmo com toda a diversidade que aparecem no caminho, permanecem até o fim do trilho com esperança que ele nunca acabe. No meu trem a família se aperta da maneira mais linda, tanta gente, tanta historia, são sorrisos e lagrimas, é muito amor puro em uma única cabine, eles são a principal lenha desse trem;
A segunda cabine é barulhenta e colorida, são estilos, cheiros e cores. Tudo demais, tudo misturado, pra entrar pra segunda cabine é necessário uma carteirinha vip dada pelo próprio maquinista, muitos nem se conhecem, mais todos pararam ali pelo mesmo propósito fidelidade ao dono. Respeito e admiro os poucos representantes dessa segunda cabine, alguns estão desde sua criação, outros a alguns anos, uns 2 ou 3 vieram la de baixo se espremendo até chegar aqui, outros são bem novatos mais já merecem o lugar que tem. Meus maiores amigos, meus grandes e eternos amores, são meus braços, vocês sabem a melhor forma de demonstrar afeto.
A terceira é a de um homem só, não quer dizes que seja sempre do mesmo, pra alguns sempre o mesmo, pra outros houve varias vezes essa mudança. Na terceira cabine eu vive os mais intensos e loucos amores, uns passaram uma temporada completa, outros entraram apenas pra não chegar tarde à outra estação. Ex’s namorados, ex’s paixões, ex’s amores, mais serão sempre eternos sonhos, eternos mundos e eternas realidades, marcaram e sempre serão lembrados pelas marcas que deixaram.
O quarto e último vagão é um sobe e desce louco, muitas vezes nunca nem se vê quem ta entrando, nem se conhece quem passa por ali, só se sabe que é fundamental esse misto de pessoas, que ocupam espaço. São professores, colegas, ex’s companheiros de sala, conhecidos do trabalho, parceiros de festa, paqueras de praia. Não que não haja importância pra todos eles, lógico que há, porem eles se vão muito rápido, são raros os que permanecem mais do que uma estação. Esse meu vagão sempre foi lotado, passo por ele, paro e juro que muitas vezes as pessoas nem me reconhecem, porem saio sempre sorrindo la de dentro, é tanta historia, tanta vida junto, que me faz bem, me faz viva.
Escrever esse texto me fez lembrar de todos aqueles que de muitas formas entram no meu trem, to parada aqui esperando gente nova entrar, porém a estrada é longa e muita coisa ainda vai acontecer, escolha o seu lugar, há sempre um espacinho pras pessoas de bem, há sempre um espacinho pras pessoas de verdade.

“esse texto foi feito com 1 propósito deixar marcado o meu amor pelas pessoas que entram na minha vida queria pode citar o nome de todas aqui, mais seria impossível e mesmo que possível seria no mínimo um tédio, porém alguns representarão todos:
A meus pais e avos que sem eles eu não estaria aqui; a Marcelinha, Txai e Marry que me acompanham desde sempre; a Nandinha, Carol e Giu que já estão aqui há anos e conhecem melhor do que ninguém todos os vagões; A Baiacu, Hilton e Jailson com quem eu pude ser mulher e menina na mesma intensidade; a Glauco, Peu e Victinho com quem eu sou feliz da forma mais doce; a turma da faculdade; a galera do trabalho; ao povo do CEECD...
Se encontre aqui. Se esta lendo esse texto é por que faz parte disso tudo,
No mais eu só agradeço o carinho e a compreensão.”
Natália Rafaela

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Jaboatão, 9 de Fevereiro de 2011

Meu menino,

Antes de qualquer coisa peço perdão por essa minha covardia poética, porém era necessário me esconder atrás dessas linhas sei que fraquejaria perante seus olhos enfartantes, foi melhor assim;
Me pego trancada dentro desse quarto a dias, entre doses de whisky, cinzeiros cheios e telas partidas ao meio, és a minha maior inspiração, entretanto não posas mais para mim a tanto tempo;
Tenho medo dessa solidão, o escuro traz as piores sensações, entro em casa, acendo todas as luzes com a esperança que a claridade me ajude a andar em linha reta é sempre o mesmo obstáculo, nunca imaginei que seria assim;
Você havia se encaixado perfeitamente aqui dentro, que nem me importei, o garoto de sorriso bobo e cabeça boa, sua foto colada na parede e minhas vans tentativas de relatar sua magia, as tintas continuam abertas no canto da sala eu é que perdi o jeito;
Fui ao seu lado uma Helena, fiel, doce, cúmplice, eterna amante, se pudesse voltar no tempo faria tudo da mesma forma, se pudesse mover o destino faria tudo durar pra sempre, entretanto isso apenas ficou nas linhas do meu caderno, nesses textos tão cheios de você;
Peço a Deus pra não lhe ter em meus sonhos, preciso respirar um pouco, ainda imagino o dia em que olharas pra mim, pobre menina ingênua, certos sonhos nascem com a sina de nunca serem realizados;
Atirei-me de penhascos, atravessei multidões, queimei entre lençóis verdes, corajosa menina de 20 anos, mais no momento em que imagino outro corpo acalmando sua alma inquieta, vacilo, ensaio na frente do espelho não chorar, ensaio parecer não doer e fracasso ao lembrar dos beijos e abraços, dos momentos de troca, fracasso ao lembrar que apenas eu senti;
Outro copo de whisky, a carteira de cigarro esta no fim, os primeiros raios de sol tentam invadir minha janela, minha posição não é nada confortável vista de dentro, pensei em te ligar, mais não há nada pra dizer é tarde demais pra juras de amor desesperadas, que o meu silêncio deixe tudo covardemente como está;
Amanhã quando a rotina recomeçar vai encontrar essa casa bagunçada demais, terá pedaços meus em cada canto, as chaves estarão debaixo do tapete, entre leve tudo que for seu depois venda a casa pra alguém que saiba usá-la melhor que eu;
Não te preocupes estarei bem, serei sempre eu que vai contar, eu o compreendi, eu o entendi, eu o fiz feliz, eu o amo. E assim quando passares nas esquinas todos saberão seu nome, saberão o humano maravilhoso que és e saberão o quão apaixonada eu sou.

Com amor, Natália Rafaela.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O banco

Eu o vi sentado num banco olhando pro nada, seus olhos passeavam entre as pessoas, as arvores, seus olhos castanhos pairavam no nada.
Eu havia saído do trabalho naquele mesmo instante, louca pra olhar as belezas da praia, poucos tinham esse privilegio de na hora do almoço sair e da de frente com todo esse azul, mais hoje longe da correria do escritório eu imaginava o que tinha naquele olhar.
Fazia um pouco de calor, pensei por um instante que fosse chover, eu o ouvi suspirar, notei que tentava engolir o tempo, as mãos apertavam a perna, de longe sem conhecê-lo sabia que existia algo que o sufocava a alma, eu era uma jornalista e não uma psicóloga, mais algo naquele garoto, lembrava a Rafaela de 20 anos.
Quando seu celular tocou, pude notar que nada nem ninguém podia melhorar aquele momento, nunca saberei lhe explicar se ele queria que isso acontece-se, eu ouvi falar sem tirar os olhos do chão sobre uma dor, uma dor que só os adultos conheciam, falou de solidão, de rotina, citou um abismo o alguém do outro lado parecia mudo, parecia não estar ali.
Não vi uma lagrima, assim como nós adultos, aquele jovem não chora por isso, assim como nós adultos aquele jovem não arrisca pedir a mão, assim como nós adultos aquele jovem sofre sozinho, assim como nós adultos aquele jovem continua sem respirar o ar da praia que eu pensei sentir todos os dias.
Por isso estou lhe escrevendo faz anos que não podemos nos falar, o tempo nos engoliu, o tempo não nos deixa viver de verdade, assim que der prometo comprar uma passagem e ir lhe dar um abraço, estou lhe devendo um cinema e um chopp gelado, não esqueça de viver meu amigo, agora preciso voltar a trabalhar, sabe como é os adultos ainda não aprenderam a andar descalços pela beira da praia azul.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pensamentos 2

Não sou mulher de meias palavras, meios sentimentos, meios amigos, meias lágrimas...
Sou mulher que gosta de ter tudo por completo, quero um amor, uma dor, um amigo, um sonho, tudo por inteiro...
A minha intensidade é o ar que me faz viva...
Eu se fosse você continuava com a sua cerveja, pois essa é um tipo de bebida que nem com gelo e açucar vai se tornar mais leve.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Minhas figurinhas

Lembro quando os desenhos nas nuvens tinham mais graça, quando o nascer do sol sentada a uma calçada fazia algum sentido...
Lembro que fazer voz de criança e ser atrapalhada era um charme, que ser mais velha trazia um medo maravilhoso...
Lembro o por que do primeiro ser inesquecível, mesmo sendo pior que o segundo e o terceiro e...
Sentada em frente ao computador, olhe pro lado e vejo um céu escuro, nada de nuvens, estrelas, lua.. Nada, apenas uma escuridão contraditoria...
A garota de quase 20 anos, prende o choro pois precisa agir como a adulta, não me leia assim, nunca disse que sinto falta do passado, nem que ainda o vivo.
Mais quando olho pra esse álbum, enxergo as figurinhas velhas tão conservadas quanto as novas, nunca fui de me desfazer das coisas, nunca me esforcei pra apagar as lembranças.
Pode ficar tranquilo eu estou bem, mais hoje tive certeza que meus sentimentos foram os mais puros, abrir cada pacotinho e vibrei com cada nova conquista, mesmo que algumas viessem repetidas, tenho uma caixinha só pra elas, nunca fui muito fã de trocas então guardei caso fosse necessário um novo álbum...
Bem, hora da mudança, você sabe como eu odeio essa coisa de empacotar tudo, pra depois ter que desempacotar tudo de novo, algo sempre fica perdido pelo caminho, mesmo assim obrigado pela ajuda meu amigo, mais esse álbum pode deixar que eu levo na mão.