terça-feira, 29 de junho de 2010

São desejos intermináveis, as palavras brotam na boca como cachoeira, eu prendo mais elas insistem em continuar ali;
Nunca pensei em nada parecido, eram sensações diferentes, se fosse uma doença nunca teria cura, a gente nunca sabe onde pega;
Sinto-me sempre confusa, sempre fiz planos ideais, falei que isso nunca iria acontecer, quando vê estou aqui perdida;
É mais fácil quando temos certeza do outro, assim qualquer engano não foi nosso e sim dele, nesse caso seu, seu erro, me sinto meio egoísta pensando assim, desconsidere essa parte;
E quando morre o assunto? Cada segundo parece horas, eu nunca sei onde por as mãos, o que fazer com os olhos, tenho medo de parecer intediante;
Em certos momentos eu sinto o tempo passando rápido demais, até já pensei em te telefonar? Bem sei que não teria desculpa, nossos pontos em comum não cobrem toda essa área de risco;
E de todas as vezes que eu pensei num ser ideal, um ser pra mim, nunca imaginei nada parecido com você, não que não sejas o ideal, é o fato de seres que me deixa mais impressionada, imaginei alguém de longos cabelos e barba, cara de quem acabou de acordar, um tipo estranho, você é diferente disso, mesmo assim meu coração bate forte e o constrangimento quando me elogias é inevitável, quanto esta aqui é você que me faz bem, quando não também;
Bem com tudo isso que te falei, alguma ideia do que venha a ser isso?
-Paixão! Mais podemos tomar um café e conversar mais sobre o assunto...


Natália Rafaela

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Não mande-me calar-me, não chores como se a culpa fosse minha, eu sinto dor e não você;
Fique e prove desse amargor, não entenda que eu lhe beijo e lhe abraço por que desejo que fiques, não, é por que sei que sentirei falta quando partires;
Seria injusto retirar uma quantidade significativa de seu sangue, nada irá te trazer de volta, não por inteira;
Durante toda a minha vida, lembrarei de você, como o que fizeste de ruim e não de bom, perdoa-me;
Mais sabes o que mais dar-me raiva?
Esta certeza de que vai chorar três dias e depois vais rir da minha desatenção, ingenuidade, vais ser feliz, eu não;
Alguns diram que tu saístes perdendo, que eu fiz o certo, mais quando penso em seu corpo suado enlaçado com o dele, começo a sufocar, são bocas, mãos, pernas, pare não se ajoelhe assim, não digas que pensaste em mim;
Se quiser pode levar a cama, os moveis, a prataria, venderei a casa, me mudarei, mais antes, irei chorar no bar, ligarei pra amigos, um depressivo ridículo;
Me escute quando te procurar, tentarei de tudo, evite desfilar na minha frente com o novo amor, agora vai, me deixe só, a noite vai ser longa, triste e dolorosa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Daqui de cima enxergo tudo num tom cinza, um pouco triste, um pouco frio, clássico demais pra mim;
Então desci do muro e resolvi com meu estojo de magicas tintas pintar cada pedaço meu;
Comecei com o meu quarto, é sempre mais fácil, dei a ele cores calmas, ao lado do velho poster da Janis as tirinhas de Mafalda, gosto de me esconder ali, entre cultura e sabedoria;
Tive que comprar mais tintas, gastei todo o meu estoque com meus amigos, uns tiveram tantas cores, que me lembravam um arco-íris, é bom saber que eles se enchem de cor e vida;
Aos meus três irmãos, dei cores distintas, o segundo mais velho, o pintei de azul seria como ele, mais ao mesmo tempo linda e essencial como o céu, ao do meio lhe servi de diferentes tonalidades de vermelho me lembra força e coragem tudo que é essencial a um jovem adolescente, ao mais novo o enchi de verde, o verde da esperança, uma magica, uma dádiva, aquele que é o mais novo laço;
Meus avós,tios e primos ganharam estampas diversas, tudo bem vivo, no fundo acho que é mais um quebra-cabeça de sangue, eles me moldaram e eu agora só os recriei com mais estampas;
Aos meus pais, lhes dou rosa e branco, a paz e o amor de 20 anos, aos dois que mesmo em situações das mais complicadas, me amaram e me ensinaram, mesmo sem saber, me fizeram crescer...
Joguei fora, os lápis pretos, marrons e cinzas, acho que estragaria os desenhos, não me importo com o contorno, desde que fique belo, desde que fique assim, bonito.
Querida Jude,

Arrumei-me pra dormir incomodada com essa coisa aqui dentro, parecia que tudo estava ficando sem foco;
Juro que pensei em vomitar, pensei em me matar, em matá-lo, quase que sobra pro pobre do peixinho, por obra e graça de alguém, todos permanecem vivos;
Estava apaixonada por alguém que estava indiferente ao mundo, acho que estou ficando indiferente a ele também;
Sei que vais achar estranho, mais chego ao recife por volta de 12h00minhs da próxima terça-feira, estou levando as chaves, não quero nada embaixo do tapete;
Entendo que havia deixado tudo pronto e que estava bastante feliz, mais hoje sinto que ele não vai aparecer. Talvez eu tenha entendido tudo errado, você me conhece sabe que eu sou mesmo assim, queria que ele entrasse em casa antes da minha partida;
Querida estou carente, carente do afeto dele confesso, estou carente do sorriso, do olhar, sei que vistes tudo, não menti é que ele não entendeu ou simplesmente não quis;
Às vezes esquecemos de buscar a felicidade que esta ao nosso lado, não que ele não mereça, sim ele merece, ele só não quer enxergar, ou prefere deixar pra lá.
Bem, sei que deixo claro as minhas intenções, queria ser motivo de 1/3 daquela felicidade que vem dos lindos olhos castanhos, não há nada a fazer a não ser abaixar a cabeça e voltar;
Acho que esta ficando cedo, o dia invade a minha janela. Se o vê-lo por ai, diga que deixe tudo que o pertence dentro de uma caixa em cima da mesa, um disco do pink floyd, o vhs de pulp fiction, os matérias e uma receita pra que ele possa fazer seu sushi sozinho, por fim deixo esse imenso sentimento que toma meu peito, sei que esse ele não vai enxergar, mais esta lá, as chaves reservas estão dentro do vaso de rosas, ele vai se lembrar;
Bom amiga, assim que voltar passo em sua nova casa, espero que se alegre com a minha visita, no mais vai tudo bem, agora é só o coração entender que não da mais, vai passar.

Com carinho, Nataly.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

-Mãe? Mãe?
- Oi meu anjo, que carinha é essa?
-Os amigos são pra sempre?
-Senta aqui, as amizades são que nem flores, a gente precisa planta-las,
rega-las, cuidar com maior carinho, cada margarida é diferente da outra.
Um dia plantei uma margarida no jardim da minha velha casa, eu a admirava
todos os dias, alguns achavam exagero, ninguem consegue amar assim, mais
eu ja não sabia viver sem aquela margarida.
-E hoje mamãe?
-Pode ser que eu nunca mais veja essa margarida minha pequena, mais vou levar comigo a certeza de que amei e fui amada, dentro do meu coração vou regar todos os dias essa margarida, pra que ela cresça linda, forte e feliz...

(bem bobinho viu, nunca vou conseguir escrever sobre o quão importante
você é na minha vida, até por que não inventaram vocabulo tão grande assim.
Obrigado por existir na minha vida Mai ^^ )

sábado, 12 de junho de 2010

Cadê, cadê...
É incrível como as coisas desaparecem, quando a gente mais precisa delas, se fosse qualquer outro aparecia, mais só por que eu o quero, some.
Acho que ainda tenho bastante tempo pra procurar, nem tenho tantos assim, minha casa é pequena se eu avaliar cada cantinho eu sei que eu vou achá-lo onde eu menos espero.
Ele entrou na minha vida de uma forma engraçada, a primeira vez que nos vimos, fazia um pouco de frio, dentro da festa estava ate bem abafado, gostei dele de cara, nem precisei pensar tanto.
Da primeira vez que saímos juntos, confesso que ele incomodou bastante, mais já estava tão envolvida, que nem ligava, só quando chegava em casa é que eu sabia, que ele iria me deixar grandes marcas.
Depois dele surgiram vários, de tamanhos e formas diferentes, todos encaixavam certinho, me fizeram feliz muitas vezes também, mais havia algo nele que me enfeitiçava que o fazia melhor que os outros.
Bem sinto que já perdi muito tempo procurando, vou me atrasar, queria que ele participasse desse dia tão especial, minha sapatilha vermelha ia combinar com meu vestido, é uma noite pra nos.
Ah! Achei! Deveria saber que ele estava debaixo da cama.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E quando menos esperava achei o incomodo adulto dentro da menina que você tanto adorava;
O tempo voltou a passar depressa era a hora de parar, é eu sabia que ia acontecer, mais por que tão cedo?
Confesso que chorei um pouco, o corpo frio, a boca seca, alguma coisa sufocava o meu peito;
Sai assim, desconsolada, despreparada, eu nem sabia o que ia senti lá fora;
Sentada num banco, reconheci desfilar todos os covardes personagens que eu havia inventado os quatro amigos na praça, o homossexual confuso, a adolescente estuprada;
Foi dessa maneira que eu te encontrei, dei-me conta quando subia as escadas, revirando os papeis, era você nas duas cartas, era você na vontade de experimentar amar, era você no fim trágico da moça de semblante triste, era sempre você;
Perturbada derrubei prateleiras, queimei cadernos, fazia o que eu mais desprezava, escrevia sobre mim, escrevia sobre você, escrevia sobre um nos inexistente;
Agora aqui deitada sobre lençóis verdes, amargo a derrota do corpo e da alma, era normal, tudo que eu via, era tão dele, tanto esforço, nunca nem notou;
Uma aspirina, muito sono, apague a luz quando sair pode deixar o disco de Janis tocar, antes que acabe eu já vou ter adormecido.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Meu doce afeto,

Passei em casa pra deixar as chaves debaixo do tapete, e vi sua carta, desculpe não mandar tantas noticias, ando meio distraída com a nova cidade.
As coisas aqui estão bem, conheci tanta gente, ando vendo tanta coisa, sinto falta de você, me alegra saber que retomou a mudança, eu sempre soube que isso lhe faria bem, e me faça um favor, queime aquele velho sofá azul, conheço o seu gosto ele não combinara com nada..
Sobre o novo inquilino fico tranquila em saber que ele é de sua confiança, os outros que passaram deixaram tantas marcas feias nas paredes, perdi as contas de quantas vezes as pintamos, derrubar e construir tudo, foi uma ótima escolha.
Arrumando o guarda roupa, achei o seu disco do Chico, sei que ficara feliz com a novidade, tive que tirar algumas coisas, doei alguns casacos, sapatos, ele chega logo preciso de espaço na casa, de espaço no quarto.
Fiquei surpresa quando ele me ligou, não o esperava mais, já fazia tanto tempo, estou ansiosa pra saber como me achou, precisa conhecê-lo sei que serão grandes amigos.
Ficaremos um tempo no Rio pra desfrutar um pouco do frio que vem fazendo nessa cidade, faremos algumas compras, precisamos de um violão e uma nova gaita, os projetos são os mesmos, ele é a novidade dessa vez.
No mais sinto falta da sua alegria, assim que essa temporada acabar, estamos de volta, por favor, não esqueça de me mandar noticias, deixe um beijo pra todos.

Da sua grande amiga,
Nataly


PS. Comprei pra você um novo casaco, sei que gosta do velho azul com branco, mais acho que esse será do seu agrado, é simples, mas bonito, achei enquanto passeava por uma bonita rua na Lapa.
Espero que goste.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Chovia um pouco aquela tarde mais não incomodava, manchava meus óculos, tudo bem;
Todos os dias eu passava por aquela mesma rua, era calma, tinha umas casas antigas, bonitas, nunca imaginei senti aquilo tudo ali;
Havia muita gente, se não houvesse um ruído de choro tão forte, existiria o mesmo silencio cotidiano;
Aproximei-me daquela cena que me lembrava uma pintura antiga vista em algum filme, reparei uma moça bonita abraçada com um rapaz que devia ter seus 22 anos, alguns livros e cadernos espalhados, a chuva não parava;
Posicionada ao lado esquerdo, sentada na escadaria de uma casa verde, vi a moça de semblante triste levantar seu olhar e reparar os espectadores, foi quando ela beijou a testa do rapaz que descansará ali, alisou seus cabelos, entre lagrimas eu a vi gritar pra todos, quebrando mais uma vez o silencio, quebrando tudo;
Eu o amava, era o meu amigo, mais eu amava, respeitava os seus sonhos, suas melhores ambições, discordava de algumas coisas, mais eu o amava, essa tarde íamos ao cinema, ele nunca soube como me fazia bem a sua presença, ele nunca soube como eu queria tê-lo ao meu lado sempre, ele nunca soube do meu amor, do meu ciúme, do meu desejo, por que eu esperei o tempo passar, eu esperei ele enxergar, não deixaram eu dizer que eu o amava;
Aquela declaração invadiu a minha mente, rasgando a minha frieza, destruindo toda a certeza que eu construía durantes longos 20 anos;
A chuva aumentava, os curiosos desapareciam, vi quando uma ambulância levara o garoto dali, a vi recolher os papeis, cadernos e livros sozinha, algumas pessoas tentavam lhe dizer algo, ela os ignorava, nem me viu, não me notou, não notou nada;
Sai dali peguei meu ônibus, molhada, atrasada, não sabia no que pensar, se não houvesse largado a tanto tempo, acenderia um pra passar o frio;
Bem desculpe chegar assim tão tarde, desabafar assim, só tive medo que não desse mais tempo, nunca sei quando vou encontrá-lo, obrigado por existir, obrigado por fazer que eu me sinta assim, bem;

sábado, 5 de junho de 2010

Sentada entre os dois lados de um mesmo sofá, esquecia de pensar, um idiota qualquer no meio de tanta gente, no meio de um copo de bebida interminável, me diz a seguinte frase...
-nunca entendi bem o que é ta apaixonado...

-escute bem, não vou repetir de novo...
quando criança é o que você quer mais, senti, de repente acontece, bom muito bom, aquela sensação, de um corpo inteiro gelando e queimando ao mesmo tempo, um descontrole automático, de mãos, pernas, braços... um descontrole do corpo, um bom conselho permaneça sentado, você pode cair...
parece até besteira mais quando nada acontece é a pior coisa do mundo, já se sentiu um lixo? pronto, é assim, não adianta ser auto suficiente, não adianta ser egoísta, la no fundo você vai sentir, um aperto que puxa o seu peito pra dentro e parece sufocar, as vezes me lembra a cólica num lugar diferente, tenho as mesmas reações, choro, choro, deito na cama, rolo de um canto a outro até achar uma melhor posição e nada;
espero que aconteça, é sempre melhor, todos os dias a mesma felicidade, ama-se o mínimo, o todo não existe, é o sorriso, o olhar, o andar, o falar, cada parte dividido, não a paixão e sim as partes que formam a paixão;
traduzindo, é bom se apaixonar, mais passa, paixão sempre passa.

um cigarro e um filme qualquer encerraram essa noite.



(qualquer semelhança com uma estoria verídica não é conhecidencia, né Juan \o/)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Uma declaração de carinho.

Querido amigo,



Foi assim por acaso, sorria que nem uma pequena idiota, ele vinha daquele jeitinho, desengonçado, magrinho, bonito;
Era uma espécie diferente, passou por mim, passou por um rio de pessoas, se estalou ao lado esquerdo daquele automóvel enorme, era uma quinta-feira, fazia um calor infernal, foi assim que eu o conheci pela primeira vez;
Comecei a analisar as diferentes maneiras de ele ser o mesmo, nada demais, mas às vezes tinha vontade de enfiar minha cabeça no buraco mais próximo, o freio me fez esquecer, passou-se um mês;
Naquela novidade cotidiana os passeios se tornaram mais divertidos, em tempos mais remotos, puxaria uma conversa qualquer, mais não sabia o que dizer a não ser que era engraçado a forma com que ele olhava sempre pra frente do ônibus, com aquele fone preto no ouvido esquecendo do mundo, se desligando de tudo;
O conheci pela segunda vez numa noite com poucas estrelas, depois de um abraço confortante, naquela que mais tarde ouviria tudo isso, notei o sorriso dele e a lembrança da minha figura, desconcertante, não acreditava, no que via, ouvia;
Era um sábado, tão quente como aquela quinta-feira, a única diferença é que dessa vez existiam palavras, depois disso notei seus castanhos lindos olhos, um sorriso encantador, um intelecto fascinante e ainda desengonçado, magrinho e bonito;
Seria necessário outros passeios por esses papeis pra explicar tudo que vem acontecendo, rimos bastante, discordamos outras tantas, eu uma espécie de hippie modernizada, ele um típico rockeiro urbano anos 80, apesar desse incrível contraste, sim nos damos bem, apesar de algumas diferenças de ego, nos damos muito bem;
Hoje ele continua assim, seu bom gosto por musica, cinema, faz da sua companhia mais do que agradável, é essencial, se tornou uma parte minha naquela que seria e será a nossa viajem todos os dias, juntos.
No mais, aguardo uma resposta a essa declaração de carinho em forma de carta, qualquer novidade lhe envio pelo correio.


De sua amiga Natália.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

É seu moço ela nasceu de sete meses, pequena, magrinha, feia, diziam que pareci comigo, nunca liguei;
É seu moço, dava um trabalho essa tal de Carolina, parecia um moleque, corria pro rio pra pescar, empinava pipa e jogava pião, demorou pra se ajeitar essa menina;
È seu moço nunca vi tão dificil pra estudar e olhe que a gente disse que não teve oportunidade, que explicou, insistiu, viver pra ela era contar estrela, até tarde;
É seu moço foi dificil mudar de cidade, ela falava de uma tal de lealdade, que eu quebrava a cada passo, já fez oito anos e essa ai nunca veio atras pra reclamar;
É seu moço parei de trabalhar, troquei com a mulhé, não podia, tava doente do coração, tinha que dormir, tinha que parar;
É seu moço ela agora tinha dezesseis, tava mais bonita, com mais jeito de mocinha, alisei seus cabelos enquanto dormia, sonhei com a minha filhinha;
É seu moço já eram meio dia, tava um dia quente como a muito tempo não se via, ssegurei ela na cama e toquei seu corpo, ela chorava, mais eu a queria, não pensei eu só queria;
É seu moço depois veio a tristeza ela só tinha dezesseis e eu tive que matar a Carolina, ninguem nunca vai entender eu a amava, eu precisava, era a minha menina, era a minha filha Carolina.