sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aquela Felicidade

Ando bem tranquila, costumo passear pela linha amarela do meio fio, brincar de equilibrista;
Gosto do verão, do sol em especial, me sinto mais viva, da mais vontade de sorrir e dançar;
Sim, tenho problemas, frustrações, traumas, medos, mais estou em paz, de coração bem leve, como se alma se iluminasse, acho que por isso ando sorrindo tanto sozinha;
Aprendi a viver os momentos, construir neles, fazer que o mundo gire mais devagar e que quem estiver ao meu lado dance ao redor dele;
Proteger as pessoas que amo, mostrar a elas todos os dias o quanto são importantes pra mim, criar pra elas a mais bela canção;
Não que eu viva de utopia, mas por que se preocupar tanto com o atraso de alguém, com a chuva sem aviso, com o trabalho e esquecer-se do casal apaixonado na praça, das flores cada vez mais coloridas, da lua banhando o mar;
Eu quero sentir mais, viver mais, ser mais, ensinar mais, amar mais... Quero dar a mão e meu abraço, quero criar meus filhos, quero ser feliz;
É isso! Ser feliz, sem a inveja de ninguém, sem competir, quero continuar sendo feliz por ser eu.

Natália Rafaela

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E a historia se repete.

A algumas semanas estava num bar com um grupo e avistei um casal de amigos, que até onde eu sabia já estava separado a um bom tempo, pois bem me aproximei dele e como de costume fiz uma brincadeira na cabeça da mocinha que se virou não tão contente com a confusão, era outra, muito parecida com aquela, mais era outra.
Passado o constrangimento, voltei a minha mesa, pedi mais uma cerveja, acendi um cigarro e fiquei pensando: por que quando saímos de uma relação da qual gostamos da pessoa, procuramos outras muito parecidas com aquela?
Joguei a minha aflição na mesa e esperei respostas simples, nada, argumentos, jogaram a culpa na minha bebida, na coincidência, não durou mais de uma hora esse pequeno conflito, voltei pra casa, dormi e só agora estou tentando encontrar uma resposta.
Eu já fiz isso, acho que sem querer ainda faço, não me culpem, só vim notar agora e é tudo bem sutil eu juro, ou é o andar, ou a vestimenta, mais na maioria das vezes é o jeito de se portar, eu sou horrível, eu sei;
Tenho um amigo que quando lê esse pequeno texto, vai se identificar e querer me matar logo em seguida, ele hoje anda encantado por uma menina que lembra muito um amor do passado, e é incrível que até a situação é parecida. Coincidência? Destino? Acaso? De fato nem ele vai saber responder:
Acho que essa seja uma questão simples pra muita gente, lógico que há pessoas que exageram e arrumam clones pra desfilar por ai é quando tudo se torna ridículo, fica forçado, dessa forma admite-se que não quer e não pode esquecer aquela pessoa;
Posso passar horas aqui e encontrar varias respostas como, ingenuidade, proteção, brincadeira... Mais sei que todas elas levam ao medo, sim, sim, o medo, aquele gênio da lâmpada mágica que se não tiver cuidado ao escolher os seus desejos, eles podem ser mal interpretados;
O medo nos leva a não arriscar, nos leva a sentar na cadeira do papai, esticar as pernas e acomodar-se. Com isso se perde toda a mágica do novo, novos sorrisos, novas bocas, novas cores, novos lugares, inovar é preciso o que não se deve é ficar preso a um passado que pode ter sido maravilhoso, mais que é passado.

Natália Rafaela

sábado, 16 de outubro de 2010

A paz dos meus 18 anos.

Da primeira vez que eu o vi, tinha acabado de completar 18 anos
ele usava uma blusa preta, bermuda e havaianas, tinha os cabelos longos e cacheados
presos, fumava, bem comunicativo, no primeiro instante não senti absolutamente
nada, era como conhecer mais um amigo de Giu.
Marcamos de ir a um bar, fomos pra casa, banho, ele agora usava uma regata cinza, ainda de bermuda e sandália, os cabelos soltos, não o vi, simplesmente não o vi.
Entre conversas, uma mistura de sotaques, eu pernambucana, ele carioca, notei
que ele tinha um sorriso doce, uma inteligência extraordinária, dessa vez
eu enxerguei além daqueles olhos mel, reconheci o ser.
O primeiro beijo, foi anunciado por mensagem de texto, não sabia nem como me comportar,
lembro da sua mão em minha cintura, e daquele beijo doce, que fazia o corpo inteiro levitar, nunca antes havia provado um beijo que despertasse todos os sentidos.
Abraçados ali, rimos como duas crianças bobas, que acabam de fazer uma trela, estávamos plenos.
A noite parecia infinita, longe do bar, caminhávamos pelas ruas, tentando encontrar pessoas, nenhum bar aberto, nada, nada, tomávamos uma Antártica quente, fazia um calor tremendo aquela noite, voltamos pra casa, ele havia deixado o carro longe e resolveu pegar depois, eu e giu caminhávamos com ele, na despedida ela foi primeiro, eu fiquei, prometi não demorar, queria descobrir mais.
Sentamos na calçada em frente ao prédio,e falamos, nada de beijos, de abraços, falamos, paixões por cinema, música, filosofia, jogos de rpg, discordamos sobre cores, julgamos o mundo, em alguns momentos olhamos as estrelas, surgiram elogios e pedidos de nunca partir, ás 8 da manhã, ele me deixou no portão do prédio, o sono venceu nossa vontade de continuar ali sentados, enquanto subia a escada, sentia a leveza, sentia o coração acelerado.
No outro dia sai de Irajá, pegamos um metro e ficamos numa praça, me despedi de alguns amigos, era hora de voltar pra casa, dançamos, rimos, passamos juntos aquela noite a única que tivemos, um desejo de não ir, de ficar pra sempre naqueles braços, de sentir pra sempre aquele cheiro bom.
Dentro do avião, senti uma dor, que me fez chorar muito, uma parte tinha ficado, uma parte nunca voltaria, era ele.
Hoje depois de quase 2 anos, eu sinto o sentimento mais puro que um ser pode sentir e quem quiser que duvide de minhas palavras e quem quiser que não ligue, não importa, um dia estaremos juntos de novo, um dia sentirei a paz dos meus 18 anos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lençóis.

Os lençóis da cama estavam quentes, assim como meu corpo, assim como as lembranças...
Os dedos passeavam pela boca, pelos seios, pela barriga, entre as pernas...
A cada movimento os olhos lentamente se fechavam, o mundo se cobria de cores fortes, a falta de ar embriagava os sentidos...
As mãos apertavam com força, os pes se torciam confusos, o corpo empinava-se e voltava a cada nova situação...
Tudo torna-se confortável, banheiro, quarto, sala, chão...
Parar? Não agora, não me faça pensar, só preciso saber, só quero sentir passear, entrar, sair, brincar...
A voz é rouca, as frases são curtas, o momento esta propicio a todo e qualquer movimento...
Use de todo o dom, não se preocupe, não vou ligar, quero lhe vê ali, deitado entre os lençóis verdes e quentes do meu quarto, da minha memória.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Digamos.

Digamos que eu sinta, que eu queira, que eu me encante...
Digamos que eu tenha medo, que arriscar pode ser o fim, que eu vá levando assim...
Digamos que eu finja mal, que você já tenha notado, que é tudo bem engraçado...
Digamos que vai passar, que jaja aparece alguém, que tudo vai voltar a ser o que era...
Digamos que eu me ache boba, que eu me ache nova, que ache tudo deve vim no seu tempo...
Digamos que eu esteja pronta, que eu queira muito, que eu arrisque tudo...
Digamos que eu possa, que você também queira, que tudo vá da certo...
Digamos que...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CHOCOLATE BRANCO

Olhe bem, quero lhe contar uma pequena historia, sobre certo alguém que eu conheci a alguns anos;
Poderia lhe falar sobre seus amores, dissabores, aventuras e dramas, mais tudo isso já foi dito por outros, minha meta é criá-lo pra você a partir do que ele é pra mim;
Nem lembro bem como tudo começou, nem sei se vai ter fim, mais o meio que liga esses dois pontos é ainda claro na minha mente;
Um ser cativante, um ser belo e acima de tudo um ser que desperta curiosidade, confesso em alguns momentos ter raiva dele por isso;
Nas situações mais tristes que foram poucas, eu encontrei a serenidade de um homem maduro que esta mais disposto a ouvir do que falar, fazendo com que a própria pessoa encontre a saída, mais isso é por que ele já tem 32 anos;
Os momentos felizes é regado por leveza e simplicidade, nessas horas eu encontro a criança, o adolescente, o bobo da corte, o humano que ilumina tudo e todos, sem pensar no amanhã, ele vive o momento por completo, sem ter medo do que vão achar por ele ser ele;
Admito que a principio meu desejo era ver de cima e não de dentro, mas as vezes deixamos de fazer ou falar algo por receio, então me desprendo do metódico e confesso o quão importante é lhe mostrar agora as linhas que montam essa pessoa;
Passaria dias enumerando qualidades e tentando entender os defeitos, conheço o seu poder de percepção mais mesmo assim, de nada adiantaria, pois nada que eu fale será igual ao que sinto ou ao que eu vejo;
Pois bem meu caro não quero tomar mais a sua atenção, mais faça um último favor a esse velho amigo, se o encontrar em algumas dessas esquinas, lhe mostre esse rabisco e fale da minha saudade e admiração, melhor que todos ele vai entender.
Natália Rafaela.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É bom parar e olhar assim pro nada, sentir o vento, o barulho do mar,
uma noite sem lua, mas não deixa de ser bela;
Sexta-feira, dia de agitação pelas ruas de Recife, bem hoje faltou
animo pra tanto movimento, to no momento de sentir;
Ultimamente ando sugando cada movimento da vida, um de cada vez;
Se você olhar bem pro céu, se impressionara com a valsa das nuvens,
iluminadas por minúsculas bolinhas faiscantes;
Vendo uma coruja pousar perto das pedras, me pergunto como se perde
tanto tempo com os problemas banais, onde eu estava que não sentei aqui;
Papel e caneta e o meu nada ao redor, sinto uma leveza mágica, podia
ligar pra todos aqueles de que gosto, mais quem enxergaria com meus olhos?
Amanhã é outro dia, pode ser que chova, se não, vou sentir o calor do sol
penetrar os meus poros e aquecer os meus sonhos mais belos.