terça-feira, 23 de novembro de 2010

Por favor me deixe na cozinha, eu preparo o jantar, cansei de fast-food.

Sou um típico romântico careta, daquele que sente, escreve poema, chora ao escutar melodias, sonha com a pessoa amada, se esconde nos sentimentos, luta até perder as forças;
Somos uma espécie em extinção, somos um tipo de animalraro, somos um tipo de animal que ainda perde o seu tempo sentindo, ainda bem;
Observando as pessoas, me deparo com a verdadeira vocação pra solidão que os jovens da minha geração tem, parece ser mais bonito, parece ser mais fácil, mais prazeroso, é que nem ir a um fast-food, rápido e pratico, pra que se abalar em tentar conquistar, em se esforçar pra chamar a atenção, se você pode simplesmente tomar três doses de tequila ir até uma boate "pegar" cinco pessoas com o mínimo de esforço;
Na teoria tudo parece ser maravilhoso, então vejamos o outro lado da moeda:
A algum tempo, me deparei com um ser que era assim uma pessoa devota dos fast-foods humanos, me machuquei muito com ele, admito, mais aprendi que nem sempre o caminho mais fácil é aquele que nos fara verdadeiramente feliz no futuro;
Em contra partida conheci um cozinheiro de comidas regionais, apegado as tradições, aos temperos típicos, mais um romântico careta, aprendo todos os dias com ele a lutar por aquilo que nos faz bem, por que um dia todo o esforço valera a pena, o caminho mais complicado termina com uma linda ponte sobre um lago azul;
Tenho medo do que vai acontecer aos fast-foods daqui a uns dez anos, será um pouco tarde pra construir o primeiro muro da casa, será preciso um regime urgente, correr contra a balança;
Comer bem é comer uma quantidade necessária pra saciar a fome, se a gula fizesse bem, ela não seria um pecado capital, pense nisso.

Então pule.

Ele gritava pra que eu pulasse, que me jogasse de vez, sem esperar, sem pensar;
Minhas pernas haviam se fixado ao chão, minha cabeça havia se fixado ao chão, tudo parecia fixar-se;
Eu olhava pra baixo ele tinha os braços estendidos, sua voz parecia cada vez mais distante "Eiiii" eu gritava, "precisamos trocar de lugar, é você que tem que se jogar e não eu", ele parecia não ouvir, mais sorria, cruelmente sorria;
Pedi um tempo, ele abaixou os braços, procurou um cigarro no bolso e riu quando se lembrou que a algum tempo havia parado de fumar, catou umas pedras no chão, ficou jogando-as contra o nada, esperava;
Eu me sentei, coloquei a cabeça entre as pernas, pedi por lágrimas,clamei por respostas, praguejei o tempo, os pés estavam entrando dentro da terra, a coragem ia se esvaindo do meu ser, o pânico tomara conta de tudo;
Rastejei até a ponta do precipício, ele encostara a cabeça numa pedra e deitado admirava o céu azul sem nuvens, "e se eu me machucar?" num susto ele voltou a si, "eu estou aqui embaixo, lembra? nada vai acontecer" "tenho medo, de que pisques os olhos na hora da minha queda", "confie em mim meu anjo, confie em mim";
E como num passe de mágica, toda as raízes que prendiam meu ser ao chão se partiram e eu fui, fui de olhos fechados pra sentir o vento;
E quando abrir os olhos, eu estava de pé, com os braços abertos, então gritei, "Eiiii, pula, se joga de uma vez, não pensa, eu estou aqui embaixo,confia em mim"...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pra um bom entendedor

-Acho que se eu te explicar você vai entender.
-Acho que se você me explicar, você vai entender.
-É que eu nunca sei o que falar, minhas mãos procuram a dele mais tremem quando chegam perto, os pequenos sinais de sua presença me arrepia todo o corpo, suas dores e dissabores me fazem chorar por não poder ajudar, seus beijos me traz uma mistura de alegria e plenitude, seus carinhos e proteção me faz segura, sua amizade e confiança faz de mim alguém acompanhado pro resto da vida, suas brincadeiras me faz ver que o bom de ser adulto é continuar levando um pouco da criança, entendeu?
-Amigo e amor, isso é bom, é bem raro de se encontrar por essas bandas, mais é complicado sabe, acho que devo ter alguma solução pra isso sim.
-Vai adiantar? Não sei bem o que fazer com isso, tenho medo de derrubar, de quebrar, parece ser tão frágil olhando assim de longe, mais chegue mais perto, estude-o bem ele é feito de um material bem resistente, não se abala com nada, fogo, água, bomba, no começo incomodou bastante e agora parece que se adaptou a mim, tem o meu tamanho exato.
-Eu já tive um desses também, por sinal ainda mora la em casa, não soube me desfazer, acho que pra falar a verdade eu nem quis, quando eu vi, apareceu mais um, a soma dos dois.
-Verei o que fazer com o meu, acho que vou colocá-lo na estante da sala, gosto de olhar pra ele, recentemente ele aprendeu a falar, fascinante, fascinante, crescendo diante dos meus olhos, vou deixa-lo onde está vai ser difícil sem ele.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Prove

Palavras não ditas nunca significam idéias não tidas.
Feridas abertas sempre fecham e viram belas cicatrizes. Não tem uma?! Faça-a!
Nem sempre a dor é de um, pode também ser de dois.
Eu desconfio que haja sentido na desconfiança. Se não houver, então desconfie do sentido.
Que bons ventos levem embora os boatos e tragam de volta boas verdades.
Ilusões possuem outro nome aos olhos dos apaixonados: mágica!
Quem não arrisca não aproveita os melhores momentos da vida. Aposte nisso!!!
Falta de apetite é excesso de amor... ame mais, coma menos... Regime sublime e doce. Doce regime sublime. Esse açúcar não engorda, adoça.
Só vivemos a noite quando estamos acordados. Só sabemos o que é amor quando amamos. Ame o ano todo - Durma bem o resto da vida.
O melhor é saber que estivemos juntos nos lindos sonhos.
Ser inteligente é ser simples. Eu sei escrever frases inteiras.
Menino velho, velho menino - outros sentimentos, velhas sensações...
Eu não brilho, apenas reflito o seu. Ainda não percebeu?! Abra os olhos, não se ofusque.
Em quantas camas deitei, assim, por acaso!? Maluco vilão?! Não, não... esse não sou eu.
Eu tenho um par de óculos de grau arranhados, um boné velho, blusas pretas, jeans sujo e um tênis surrado. Sou só isso e nada mais por fora.
Você é um grão de areia na minha praia. Minha praia de grãos de você. Quanta areia... Quanta 'você' pro meu carrinho-de-mão...
Às vezes ser o mundo de alguém dá medo. Pior é quando descobrem quem são meu universo.
Os mais doces venenos são aqueles que nos matam para a insensibilidade e nos fazem renascer repletos de amor. Mate-me mais algumas vezes. Eu imploro...
É tão bom fazer você perceber que você é maior e mais forte do que você acreditava ser. É tão bom abrir teu coração como abro teus olhos, com um simples sorriso...
Quanto mais lento o tempo for, mais tempo eu passo ao seu lado. Então, que o tempo pare!
Seu coração não tem tamanho - ele é infinito como nós...
Ser uma pessoa especial não se comparará jamais a um casal especial... Já pensou nisso?!
Quando, quem ama, procura atestar sua independência no ódio, apenas atesta, novamente, sua dependência no amor.

Não jure, prove! Não espere palavras pois não as tenho. O que não sabes não passa de mero fragmento do que você pode saber. O que achas saber é maior do que o que não sabes. Você sabe o que sente, sabemos o que sentimos. Isso, por si só, é mais do que suficiente pra se saber que não devemos deixar que saibam sobre nós. Sabemos o necessário para nossa cumplicidade nesse crime mais que perfeito. Nosso crime, esse 'só nosso', por vezes, não quer esperas por ligações, eu sei, mas sei também que as migalhas e os restos sempre nos interessam, nos saciam a fome, nos encantam. Eu gosto deles também. Na matemática, alcançar e 'tocar' em certos limites 'danifica' a função, nos trás valores errados ou incompreensíveis. O melhor mesmo para obtermos resultados é chegar bem perto, mas nunca tocar pra não estragar a magia. Só chegar perto o suficiente para vermos a mágica acontecer, para que possamos senti-la. Como eu disse, não jure, prove! E há interesse, ele é nosso, mas o momento nós educa, nos prepara pra isso. O tempo nos colocará no mesmo compasso, pode esperar. Já não erro tantos passos, já não pisas tanto nos meus pés. Estamos melhorando. É a nossa música, nossa dança! E esse seu vestido azul está lindo, minha Pretinha...

Não é preciso ter coragem, é preciso saber sentir... Isso é muito mais fácil.
Baiacu

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Eu sai de casa, cansada, com pouco dinheiro, mais por algum motivo
hoje eu queria encontra-lo, hoje eu queria dar um abraço e sentir o perfume bom que ele tem, hoje eu queria rir das suas piadas...
Eu fui, não fiz o certo, era um mar de pessoas, desesperadas, felizes, bebadas,perdidas e solitárias como eu, encontrei alguns amigos, tomei uma, duas, três, quatro cervejas e nada, a carteira de cigarro estava na metade, a noite estava na metade.
Corri os olhos em todos os bares, procurei casais, grupos nada que lembra-se ele...
Pensei em voltar, em esperar, sentei um pouco, madrugada quente, cabeça cheia, o que eu estava fazendo ali?
Eu sem credito, ele também, esperava mais um milagre, ele surgir entre as cabeças, ele passar levitando com os pes no chão, ele passar de mãos dadas com outra pessoa, ele passar, era tudo que eu queria, vê-lo passar...
O tempo corria numa velocidade alucinante, uma vontade de chorar contraia o peito, mais um cigarro, a solidão de um lugar tão cheio é pior que a solidão de um lugar vazio...
Então desisti, peguei um táxi e voltei lembrando dos seus olhos castanhos, amanhã quem sabe ou depois, ele é uma boa pessoa, deve ter desaparecido pra ser feliz.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Preciso de Você

Eu perguntei se você iria, não por que eu queria que você fosse...
Pelo contrario eu espero que você não vá, que surja novos convites, novos amigos,
não preciso enxergar seus olhos, não quero sentir a textura do teu corpo
quando sem querer toca o meu...
Preciso de você longe, pra que não sinta seu perfume, pra que não identifique seus passos rápidos...
Preciso de você longe pra respirar meu próprio ar, pra ouvir minhas próprias idéias, pra sentir os meus desejos...
Preciso de você longe pra errar as músicas, pra esquecer das piadas, pra não ser tão madura...
Preciso de você longe pra seduzir pra mim, pra beijar pro nada...
Preciso de você longe pra que o sentimento volte a ser razão e que nada mude...
Preciso de você longe pra poder chorar com a cabeça entre as minhas pernas...
Mais escute, por favor, não vá pra sempre, volte amanhã, é sempre bom deitar no teu colo, enquanto fala qualquer doce bobagem...
Volte amanhã, não quero lhe perder pro tempo, não quero lhe perder pro mundo, já basta toda a minha covardia silenciosa que fez eu lhe perder pra mim.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aquela Felicidade

Ando bem tranquila, costumo passear pela linha amarela do meio fio, brincar de equilibrista;
Gosto do verão, do sol em especial, me sinto mais viva, da mais vontade de sorrir e dançar;
Sim, tenho problemas, frustrações, traumas, medos, mais estou em paz, de coração bem leve, como se alma se iluminasse, acho que por isso ando sorrindo tanto sozinha;
Aprendi a viver os momentos, construir neles, fazer que o mundo gire mais devagar e que quem estiver ao meu lado dance ao redor dele;
Proteger as pessoas que amo, mostrar a elas todos os dias o quanto são importantes pra mim, criar pra elas a mais bela canção;
Não que eu viva de utopia, mas por que se preocupar tanto com o atraso de alguém, com a chuva sem aviso, com o trabalho e esquecer-se do casal apaixonado na praça, das flores cada vez mais coloridas, da lua banhando o mar;
Eu quero sentir mais, viver mais, ser mais, ensinar mais, amar mais... Quero dar a mão e meu abraço, quero criar meus filhos, quero ser feliz;
É isso! Ser feliz, sem a inveja de ninguém, sem competir, quero continuar sendo feliz por ser eu.

Natália Rafaela

terça-feira, 19 de outubro de 2010

E a historia se repete.

A algumas semanas estava num bar com um grupo e avistei um casal de amigos, que até onde eu sabia já estava separado a um bom tempo, pois bem me aproximei dele e como de costume fiz uma brincadeira na cabeça da mocinha que se virou não tão contente com a confusão, era outra, muito parecida com aquela, mais era outra.
Passado o constrangimento, voltei a minha mesa, pedi mais uma cerveja, acendi um cigarro e fiquei pensando: por que quando saímos de uma relação da qual gostamos da pessoa, procuramos outras muito parecidas com aquela?
Joguei a minha aflição na mesa e esperei respostas simples, nada, argumentos, jogaram a culpa na minha bebida, na coincidência, não durou mais de uma hora esse pequeno conflito, voltei pra casa, dormi e só agora estou tentando encontrar uma resposta.
Eu já fiz isso, acho que sem querer ainda faço, não me culpem, só vim notar agora e é tudo bem sutil eu juro, ou é o andar, ou a vestimenta, mais na maioria das vezes é o jeito de se portar, eu sou horrível, eu sei;
Tenho um amigo que quando lê esse pequeno texto, vai se identificar e querer me matar logo em seguida, ele hoje anda encantado por uma menina que lembra muito um amor do passado, e é incrível que até a situação é parecida. Coincidência? Destino? Acaso? De fato nem ele vai saber responder:
Acho que essa seja uma questão simples pra muita gente, lógico que há pessoas que exageram e arrumam clones pra desfilar por ai é quando tudo se torna ridículo, fica forçado, dessa forma admite-se que não quer e não pode esquecer aquela pessoa;
Posso passar horas aqui e encontrar varias respostas como, ingenuidade, proteção, brincadeira... Mais sei que todas elas levam ao medo, sim, sim, o medo, aquele gênio da lâmpada mágica que se não tiver cuidado ao escolher os seus desejos, eles podem ser mal interpretados;
O medo nos leva a não arriscar, nos leva a sentar na cadeira do papai, esticar as pernas e acomodar-se. Com isso se perde toda a mágica do novo, novos sorrisos, novas bocas, novas cores, novos lugares, inovar é preciso o que não se deve é ficar preso a um passado que pode ter sido maravilhoso, mais que é passado.

Natália Rafaela

sábado, 16 de outubro de 2010

A paz dos meus 18 anos.

Da primeira vez que eu o vi, tinha acabado de completar 18 anos
ele usava uma blusa preta, bermuda e havaianas, tinha os cabelos longos e cacheados
presos, fumava, bem comunicativo, no primeiro instante não senti absolutamente
nada, era como conhecer mais um amigo de Giu.
Marcamos de ir a um bar, fomos pra casa, banho, ele agora usava uma regata cinza, ainda de bermuda e sandália, os cabelos soltos, não o vi, simplesmente não o vi.
Entre conversas, uma mistura de sotaques, eu pernambucana, ele carioca, notei
que ele tinha um sorriso doce, uma inteligência extraordinária, dessa vez
eu enxerguei além daqueles olhos mel, reconheci o ser.
O primeiro beijo, foi anunciado por mensagem de texto, não sabia nem como me comportar,
lembro da sua mão em minha cintura, e daquele beijo doce, que fazia o corpo inteiro levitar, nunca antes havia provado um beijo que despertasse todos os sentidos.
Abraçados ali, rimos como duas crianças bobas, que acabam de fazer uma trela, estávamos plenos.
A noite parecia infinita, longe do bar, caminhávamos pelas ruas, tentando encontrar pessoas, nenhum bar aberto, nada, nada, tomávamos uma Antártica quente, fazia um calor tremendo aquela noite, voltamos pra casa, ele havia deixado o carro longe e resolveu pegar depois, eu e giu caminhávamos com ele, na despedida ela foi primeiro, eu fiquei, prometi não demorar, queria descobrir mais.
Sentamos na calçada em frente ao prédio,e falamos, nada de beijos, de abraços, falamos, paixões por cinema, música, filosofia, jogos de rpg, discordamos sobre cores, julgamos o mundo, em alguns momentos olhamos as estrelas, surgiram elogios e pedidos de nunca partir, ás 8 da manhã, ele me deixou no portão do prédio, o sono venceu nossa vontade de continuar ali sentados, enquanto subia a escada, sentia a leveza, sentia o coração acelerado.
No outro dia sai de Irajá, pegamos um metro e ficamos numa praça, me despedi de alguns amigos, era hora de voltar pra casa, dançamos, rimos, passamos juntos aquela noite a única que tivemos, um desejo de não ir, de ficar pra sempre naqueles braços, de sentir pra sempre aquele cheiro bom.
Dentro do avião, senti uma dor, que me fez chorar muito, uma parte tinha ficado, uma parte nunca voltaria, era ele.
Hoje depois de quase 2 anos, eu sinto o sentimento mais puro que um ser pode sentir e quem quiser que duvide de minhas palavras e quem quiser que não ligue, não importa, um dia estaremos juntos de novo, um dia sentirei a paz dos meus 18 anos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Lençóis.

Os lençóis da cama estavam quentes, assim como meu corpo, assim como as lembranças...
Os dedos passeavam pela boca, pelos seios, pela barriga, entre as pernas...
A cada movimento os olhos lentamente se fechavam, o mundo se cobria de cores fortes, a falta de ar embriagava os sentidos...
As mãos apertavam com força, os pes se torciam confusos, o corpo empinava-se e voltava a cada nova situação...
Tudo torna-se confortável, banheiro, quarto, sala, chão...
Parar? Não agora, não me faça pensar, só preciso saber, só quero sentir passear, entrar, sair, brincar...
A voz é rouca, as frases são curtas, o momento esta propicio a todo e qualquer movimento...
Use de todo o dom, não se preocupe, não vou ligar, quero lhe vê ali, deitado entre os lençóis verdes e quentes do meu quarto, da minha memória.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Digamos.

Digamos que eu sinta, que eu queira, que eu me encante...
Digamos que eu tenha medo, que arriscar pode ser o fim, que eu vá levando assim...
Digamos que eu finja mal, que você já tenha notado, que é tudo bem engraçado...
Digamos que vai passar, que jaja aparece alguém, que tudo vai voltar a ser o que era...
Digamos que eu me ache boba, que eu me ache nova, que ache tudo deve vim no seu tempo...
Digamos que eu esteja pronta, que eu queira muito, que eu arrisque tudo...
Digamos que eu possa, que você também queira, que tudo vá da certo...
Digamos que...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CHOCOLATE BRANCO

Olhe bem, quero lhe contar uma pequena historia, sobre certo alguém que eu conheci a alguns anos;
Poderia lhe falar sobre seus amores, dissabores, aventuras e dramas, mais tudo isso já foi dito por outros, minha meta é criá-lo pra você a partir do que ele é pra mim;
Nem lembro bem como tudo começou, nem sei se vai ter fim, mais o meio que liga esses dois pontos é ainda claro na minha mente;
Um ser cativante, um ser belo e acima de tudo um ser que desperta curiosidade, confesso em alguns momentos ter raiva dele por isso;
Nas situações mais tristes que foram poucas, eu encontrei a serenidade de um homem maduro que esta mais disposto a ouvir do que falar, fazendo com que a própria pessoa encontre a saída, mais isso é por que ele já tem 32 anos;
Os momentos felizes é regado por leveza e simplicidade, nessas horas eu encontro a criança, o adolescente, o bobo da corte, o humano que ilumina tudo e todos, sem pensar no amanhã, ele vive o momento por completo, sem ter medo do que vão achar por ele ser ele;
Admito que a principio meu desejo era ver de cima e não de dentro, mas as vezes deixamos de fazer ou falar algo por receio, então me desprendo do metódico e confesso o quão importante é lhe mostrar agora as linhas que montam essa pessoa;
Passaria dias enumerando qualidades e tentando entender os defeitos, conheço o seu poder de percepção mais mesmo assim, de nada adiantaria, pois nada que eu fale será igual ao que sinto ou ao que eu vejo;
Pois bem meu caro não quero tomar mais a sua atenção, mais faça um último favor a esse velho amigo, se o encontrar em algumas dessas esquinas, lhe mostre esse rabisco e fale da minha saudade e admiração, melhor que todos ele vai entender.
Natália Rafaela.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

É bom parar e olhar assim pro nada, sentir o vento, o barulho do mar,
uma noite sem lua, mas não deixa de ser bela;
Sexta-feira, dia de agitação pelas ruas de Recife, bem hoje faltou
animo pra tanto movimento, to no momento de sentir;
Ultimamente ando sugando cada movimento da vida, um de cada vez;
Se você olhar bem pro céu, se impressionara com a valsa das nuvens,
iluminadas por minúsculas bolinhas faiscantes;
Vendo uma coruja pousar perto das pedras, me pergunto como se perde
tanto tempo com os problemas banais, onde eu estava que não sentei aqui;
Papel e caneta e o meu nada ao redor, sinto uma leveza mágica, podia
ligar pra todos aqueles de que gosto, mais quem enxergaria com meus olhos?
Amanhã é outro dia, pode ser que chova, se não, vou sentir o calor do sol
penetrar os meus poros e aquecer os meus sonhos mais belos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Olhar as pessoas ao redor, vai alem do imaginar, esta mais
no sentir do seu jeito;
Conhece-las é parar e analisar, palavras, gestos, atos e fatos,
mistura-las e bebe-las de uma única vez, mesmo que nem sempre
o gosto seja agradável;
Tente enxergar pelos meus olhos, se apegue ao mais puro sentimento
humano e decifre os passos que vagam desconhecidos sobre a madeira solta
do tempo;
Tento lhe explicar que o especial não é só aquele que faz o seu coração
bater mais forte ou o que o faz tremer e viver eternamente aquele
momento, o especial é aquele que lhe desperta o menor sentir;
Amigos, amores, rivais, desconhecidos... Os perceba, os analise e
por fim os recrie;
Sim, é possível admirar um ser mesmo que só tenha sido trocado poucas palavras,
é possível sem olhar nos seus olhos entender o outro e o quere-lo bem;
Conheci um em especial, que pensem o que quiserem é o resumo de tudo que
eu tento lhes explicar;
Parecido e diferente de mim, das maneiras mais extraordinarias, eu me sinto bem...
Sei o que alguns de vocês imaginam, mais não estou a falar de paixão, desejo
ou coisa do genero , não. Apenas analiso esse ser que assim como alguns outros
é especial;
Não se iludam meus caros, o ser humano pode muito mais do que
escrever sobre amor e dor;
Esqueçam o óbvio e enxerguem o belo do pouco oferecido...
Nem sempre é preciso olhar nos olhos, pra se perceber que tal pessoa
lhe faz bem e nada mais.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

São 3:15 da manhã, a subida tinha sido tranqüila e cansativa, largar o carro em um hotel no começo da estrada foi uma idéia diferente, talvez fosse necessário subir a serra a pé, mais o frio nessa época do ano estava cada vez pior.
Mesmo de madrugada a vista pras montanhas continuava encantadora, tudo permanecia no mesmo lugar da última vez, as cadeiras, os livros, tudo, tudo.
A viagem foi tão longa, mesmo assim não havia cansaço no corpo, mais sim na alma. Bem agasalhada, com uma caneca enorme de café próxima a janela, em casa um filme pronto e bem aceito pelos produtores, tudo caminhando tão bem, mais largada nesse sofá sentia aquela sensação esquisita.
Andava tão ocupada com o trabalho, não encontrava tempo nem pra respirar ou pensar, vai vê era verdade, agora eu to aqui e não tenho com quem dividir essa sensação de liberdade que começa a invadir meu peito.
Há alguns anos comentei sobre fugir dessa loucura, acabei me acostumando a ela, estou disposta a ser feliz, mais não sei por onde começar, por isso to te ligando, achei que você iria gostar de discutir sobre musica, teatro, cinema... comigo, você sempre tem tempo pra viver... Alô? Alô? Você ainda ta na linha? Alô?
-To aqui sim e antes que você me convidasse, eu vim... Trouxe uma pizza e cobertores, você é tão esquecida, sempre esquece do principal.

sábado, 18 de setembro de 2010

E quando vi, os dias viraram tardes e as tardes noites
o mundo girava num passo mais lento, sentei no chão
tive medo de tropeçar no vento...
Fechei os olhos, tentei adormecer naquela calçada fria
não existiam passos, nem cheiros, tudo estava mudo...
Tentei focar em algo, abri os olhos ainda deitado, levantei
os papeis corriam pela cidade, as casas estavam fechadas, tive a sensação
de que não havia vida em lugar nenhum...
Parei numa praça, tirei os sapatos, precisava sentir a grama gelada entrar por
entre meus dedos...
Então como uma criança perdida, larguei a cabeça no meio do joelhos e chorei,
uma sensação nova invadia o meu peito, havia tempos em que ser humano exigia tempo
e modos, agora ali sozinho, eu podia ser eu...
E como magica, a lágrima, virou sorrisos e como se nada pudesse atrapalhar
eu fui feliz, mesmo que dentro do meu sonho eu fui feliz...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Era engraçado como eles tinham a mesma vontade de viver, era uma paixão sem freios, tudo tão intenso, muito parecida com a minha por chocolate;
Ele eu conhecia a mais tempo, cara legal, bom amigo, imprevisivel, um otimo gosto pra musicas e mulheres, sim as mulheres, até onde me lembro ele nunca teve realmente ninguém, mais elas queriam ele sempre, mais ele nunca se importou;
Ela era bonita do jeito dela, nada chocante, nada comum, calma e sincera, bastante sincera, ria do seu dedo podre pra garotos, sempre tentando de novo, o fim e o começo era muito pratico pra ela;
Não lembro se conheceram, sei que as qualidades dela, era os defeitos dele e vice-versa, imcompativeis, mais mesmo assim sabiam ser felizes;
Ninguém sabia o que eles tinham, ela deixava ele falar, ele querer, pronta pra satisfazer os seus desejos, gostava de dar a ele vida, lhe enchia de doces de duvidas, a incomodava sua falta de objetividade, já ele se confundia, se complicava, mais sempre se corrigia e ria, da maneira dele a envolvia e gostava quando ela alimentava seu ego, no fim nem eles sabiam o que eles tinham;
Não discutiam, enjoavam um do outro e sumiam, era assim, sem muitas explicações, sem razões, uma loucura deliciosa;
Nasceram no mesmo ano, ela era meses mais velha, mais era incrível como pareciam anos, assim como eu e tantos outros, ele se hipnotizava por suas experiências, suas viagens, amores e quedas, um dia ela me disse que se encantava da falta disso nele, da falta dos riscos, da maneira como ele se guardava pra ele;
- E agora? Você os viu, preciso entregar esses documentos e não os acho em lugar algum.
- Ah! Era só isso? Devia ter dito, ele mora na casa azul, ela no apartamento 305 a esquerda, como de costume ele deve ta dormindo agora, ela recebendo alguns amigos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tudo já foi dito, então me encontro neste bar tentando escrever qualquer trecho que faça sentido a um poema, um conto, um ensaio...
Que faça sentido a algo...
Um bloco de notas verde, uma caneta de cor azul, duas cervejas e três cafés, um silencio que se choca com o bater de talheres, copos e pratos enquanto se arrumam no balcão, ninguém ao redor...
Na radiola, uma sequência perfeita dos Beatles, não chovia, la de dentro não via o sol, mais sentia o seu calor em qualquer outro momento a situação estaria perfeita, mais depois de 4 folhas rabiscadas, a inspiração parece fugir...
Ou melhor, parece não existir...
Falar de amigos, de amores, de sexo ou simplesmente ilusão, tudo caminha bem, mais como qualquer outro amor, sinto a vontade correr nas minhas veias, vejo o tempo passar e tudo vai com ele...
De longe a melodia perfeita, Echoes, era tudo que eu precisava ouvir, apenas um trecho “And do I take you by the hand...” e já sei o que dizer... Mais uma cerveja, o bar começa a encher, o mundo volta a girar, então volto pra casa e te aviso o que aconteceu, não precisa dizer nada “Cloudless every day you fall upon my waking eyes”.

sábado, 21 de agosto de 2010

- O que você ta fazendo?
- Olhando pro teto e rindo das suas idéias estranhas.
As coisas ficam mais divertidas, quando você não me deixa falar, os assuntos parecem despertar de todos os lados, nessas horas esqueço-me de meus dias e idéias.
Cheio de interrogações, cada dia um novo mundo, a cada novo mundo novos moradores e eu sempre querendo mais desse seu tudo.
O carinho é algo desejado a tanto tempo e quando acontece vem de uma forma desconcertada, parece que somos crianças, prefiro crer no verdadeiro a imaginar que tudo é uma ilusão pensado e planejado pra mais uma diversão.
Lógico que às vezes enjôo de você, esse seu ar rock roll choca com o meu alternativo, pra evitar atritos sumo, mais logo sinto falta desse seu jeitão quieto e lindo.
- Nunca imaginei que alguém pode pensar tanta coisa enquanto olha pro teto.
- Não, não, foi olhando e ouvindo você que eu pensei tanta coisa.

terça-feira, 27 de julho de 2010

24-JUN-2010

Olhar e admirar, gostar por sentir;
Aprender a falar, desligar a luz pra se ouvir;
E num instante a alma ficou leve, os olhos estavam fechados, as mãos estavam presas ao chão, no mesmo instante que o mundo parou;
Ali, jogados ao nada rodeados de informações desnecessarias, rodeados por um mundo desnecessario;
Tudo acontece nesse encontro de mãos, nesse estalar da pele, no sentir do peito;
Trufa de bem-casado, pastilha de menta e limão, hollywood e vinho, chuva, casaco preto, vestido rosa, piadas e historias, beijos e risadas, tudo de graça, tudo cada vez mais acrescentado;
No instante que eles matavam o tempo, nos o ressucitamos, pra sentir por mais um dia, que o nosso poder dure pra sempre então.

domingo, 25 de julho de 2010

Leve sentimento...
Claro e presente como as águas do mar...
Coberto por uma sutileza invejável, dono de um carisma irresistível...
Amigo, amante, amor...

Nada mais a declarar, nada mais a dizer, só você já me basta.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Já se passaram cinco anos desde que você foi embora, nunca mais ouvi falar desse assunto, mais posso sim lhe inteirar dos fatos.
Como de costume organizamos nossa festa de São João e todos os lucros foram revertidos pra nossa formatura, teve de tudo, quadrilha, fogos, pescaria, barraca do beijo, tudo corria bem, até a semana das provas finais.
Os boatos brotavam de todos os lados, telefonemas, internet, cochichos, reuniões de professores, no fim a confirmação, uma aluna havia desaparecido, vi essa expressão no rosto de tantos outros estudantes, não me assusto mais.
Tivemos duas semanas de férias, por ser filho de professora, escutei minha mãe, conversar varias vezes com outros professores, agora suspeitavam deles, ouvi falar de um chat de fofocas criados por alguns alunos, entrei algumas vezes era incrível como intrigas apareciam do nada, nunca vi nenhuma prova.
O medo que todo esse mistério chegasse aos jornais crescia mais e mais, na volta das férias do meio do ano, estava tudo muito estranho, um clima de tensão tomava conta de todos, era comum esbarrar em policiais e suas cadernetas, sempre parados observando cada passo, quem tentava se preparar pro vestibular por exemplo foi obrigado a desistir, era impossível não se envolver.
Do lado de fora os grandes e respeitados muros de pedra do Colégio São Vicente, o maior da rede particular pernambucana, do lado de dentro medo e mentiras para todos os lados que a vista alcançava, ninguém sabia mais em quem confiar, em alguns momentos me senti dentro de um seriado americano idiota, grupos se formavam, mais não tem quem diga que o colégio era um lugar monótono.
No fim de Agosto alguém por muita maldade presumo, espalhou papeis acusando friamente Roberto Vieira, como culpado do desaparecimento de Julia, o motivo seria o medo da descoberta de um possível romance, as coisas ficaram pior, ele não tinha um bom alibe, mais era impossível, quem o conhecia sabia de sua integridade, noivo, sim um homem que as alunas achavam bastante atraente, já os alunos o admiravam por ter bom papo, pelas peladas no fim de semana, era uma acusação inaceitável.
Foi como jogar álcool numa fogueira, a indignação se espalhou rapidamente, com medo de algo mais trágico o respeitado diretor Vasconcelos, afasta o professor de suas atividades de classe e do colégio, seu conselho foi pra que ele saísse da cidade, o professor substituto tinha medo dos alunos, acho que todos com um pouco de júizo começaram a temer tambem.
Depois de algumas semanas ele veio recolher alguns papeis, na saída cumprimentou alguns alunos, diante de milhares de acusações ele alegou inocência, tentou falar, mais dezenas de alunos enfurecidos viraram animais, vi de perto o desespero de um homem torturado física e moralmente, colocaram fogo em seu carro, escutei seu choro de dor, todo e qualquer material fora arremessado contra ele, quando a policia chegou seu sangue já lavava as calçadas do tão respeitado colégio, agora tínhamos o maior dos escândalos, não tinha como se esconder, reportes surgiam de vários cantos do país, e mais fofocas, surgiu um ex namorado, uma melhor amiga, os pais dela ao contrario do que acontecia dentro da escola, se fecharam, mudos e surdos a qualquer tipo de protesto.
Seu enterro foi no dia seguinte à tarde, caixão fechado, desespero por partes de muitos, seu rosto desconfigurado, ele tinha 32 anos, no dia da festa havia passado a noite com sua amante sim, mais não uma aluna, essas informaçãoes alguns ainda desconhecem e outros não querem acreditar, é mais "interessante" o caso dos dois, sinto falta dele.
Nunca soubemos quem espalhou aqueles cartazes, no dia 18 de Novembro, alguns reconheceram a Julia por um site de relacionamentos, a família não sabia o que dizer, os policiais não sabiam o que dizer, na verdade ninguém sabia, seria melhor que ela nunca tivesse aparecido, vergonha por parte de muitos, revolta por parte dos outros.
Com um pouco de dinheiro e cara de pau, houve a formatura, nos jornais o colégio escondeu o real motivo da morte do professor Roberto, já a Julia, boatos contam que ela fugiu com o filho de um empresário, mais sabe como são boatos né, a gente nunca sabe em quem acreditar, ou onde isso pode nos levar.
Mais me conte e as novidades da França...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ele era casado, dono de duas galerias no centro da cidade, um pintor famoso, eu era só uma estudante de música, ferias no fim do primeiro período, presente dos pais babões e ricos, só estava ali pra me divertir;
O conheci num restaurante numa noite bem quente, fazia 22 graus em santa Catarina, o que era milagre naquela época do ano;
Trocamos alguns olhares, o vi sorrir, notei seu enorme anel de ouro, o peso da responsabilidade não parecia atingi-lo, ele veio até mim;
Parou, fez algum elogio mediucre, sorrir, trocamos algumas palavras sem sentido, distração, diversão, tesão, coisas do género, trocamos telefones, não esperei que me ligasse, mais assim o fez;
Saímos e o de sempre, um vinho, passeamos, uma proposta dentro do carro, motel, sexo, depois casa, assim comum, nada muito forte, nada que pudesse influenciar na minha vida;
Ela tinha longos cabelos negros, olhos verdes, uma estatura mediana, me deixou sem ar só de passar, trabalhava com o marido, ela era fotografa;
Eram os meus últimos dias na cidade, fomos a mesma festa, amiga das minhas amigas, não pude me conter, me rasguei em elogios, ela se assustou mais sorriu, dentro do seu carro, pude notar tudo mais intenso;
Nos vimos no outro dia, fomos ao cinema, dessa vez era tudo mais bonito, cinema, mãos dadas, beijos no parque, marcou mais que tudo a minha viagem;
Eles eram casados a 12 anos, dividiam todas as esperiencias, se conheciam desde a época da faculdade, eram felizes;
Depois da minha despedida os encontrei voltando pra casa, nos abraçamos, nos despedimos, me convidaram para um vinho em seu apartamento, rimos bastante;
A noite foi divertida, vimos um filme qualquer, nos beijamos, entre caricias, nos despimos e foram horas naquele tapete vermelho;
As aulas começam semana que vêm, a viajem foi bem tranquila, pouca turbulência, trouxe uns presentinhos pra você amor, assim que der me ligue por favor, te amo estou com saudades.

terça-feira, 29 de junho de 2010

São desejos intermináveis, as palavras brotam na boca como cachoeira, eu prendo mais elas insistem em continuar ali;
Nunca pensei em nada parecido, eram sensações diferentes, se fosse uma doença nunca teria cura, a gente nunca sabe onde pega;
Sinto-me sempre confusa, sempre fiz planos ideais, falei que isso nunca iria acontecer, quando vê estou aqui perdida;
É mais fácil quando temos certeza do outro, assim qualquer engano não foi nosso e sim dele, nesse caso seu, seu erro, me sinto meio egoísta pensando assim, desconsidere essa parte;
E quando morre o assunto? Cada segundo parece horas, eu nunca sei onde por as mãos, o que fazer com os olhos, tenho medo de parecer intediante;
Em certos momentos eu sinto o tempo passando rápido demais, até já pensei em te telefonar? Bem sei que não teria desculpa, nossos pontos em comum não cobrem toda essa área de risco;
E de todas as vezes que eu pensei num ser ideal, um ser pra mim, nunca imaginei nada parecido com você, não que não sejas o ideal, é o fato de seres que me deixa mais impressionada, imaginei alguém de longos cabelos e barba, cara de quem acabou de acordar, um tipo estranho, você é diferente disso, mesmo assim meu coração bate forte e o constrangimento quando me elogias é inevitável, quanto esta aqui é você que me faz bem, quando não também;
Bem com tudo isso que te falei, alguma ideia do que venha a ser isso?
-Paixão! Mais podemos tomar um café e conversar mais sobre o assunto...


Natália Rafaela

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Não mande-me calar-me, não chores como se a culpa fosse minha, eu sinto dor e não você;
Fique e prove desse amargor, não entenda que eu lhe beijo e lhe abraço por que desejo que fiques, não, é por que sei que sentirei falta quando partires;
Seria injusto retirar uma quantidade significativa de seu sangue, nada irá te trazer de volta, não por inteira;
Durante toda a minha vida, lembrarei de você, como o que fizeste de ruim e não de bom, perdoa-me;
Mais sabes o que mais dar-me raiva?
Esta certeza de que vai chorar três dias e depois vais rir da minha desatenção, ingenuidade, vais ser feliz, eu não;
Alguns diram que tu saístes perdendo, que eu fiz o certo, mais quando penso em seu corpo suado enlaçado com o dele, começo a sufocar, são bocas, mãos, pernas, pare não se ajoelhe assim, não digas que pensaste em mim;
Se quiser pode levar a cama, os moveis, a prataria, venderei a casa, me mudarei, mais antes, irei chorar no bar, ligarei pra amigos, um depressivo ridículo;
Me escute quando te procurar, tentarei de tudo, evite desfilar na minha frente com o novo amor, agora vai, me deixe só, a noite vai ser longa, triste e dolorosa.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Daqui de cima enxergo tudo num tom cinza, um pouco triste, um pouco frio, clássico demais pra mim;
Então desci do muro e resolvi com meu estojo de magicas tintas pintar cada pedaço meu;
Comecei com o meu quarto, é sempre mais fácil, dei a ele cores calmas, ao lado do velho poster da Janis as tirinhas de Mafalda, gosto de me esconder ali, entre cultura e sabedoria;
Tive que comprar mais tintas, gastei todo o meu estoque com meus amigos, uns tiveram tantas cores, que me lembravam um arco-íris, é bom saber que eles se enchem de cor e vida;
Aos meus três irmãos, dei cores distintas, o segundo mais velho, o pintei de azul seria como ele, mais ao mesmo tempo linda e essencial como o céu, ao do meio lhe servi de diferentes tonalidades de vermelho me lembra força e coragem tudo que é essencial a um jovem adolescente, ao mais novo o enchi de verde, o verde da esperança, uma magica, uma dádiva, aquele que é o mais novo laço;
Meus avós,tios e primos ganharam estampas diversas, tudo bem vivo, no fundo acho que é mais um quebra-cabeça de sangue, eles me moldaram e eu agora só os recriei com mais estampas;
Aos meus pais, lhes dou rosa e branco, a paz e o amor de 20 anos, aos dois que mesmo em situações das mais complicadas, me amaram e me ensinaram, mesmo sem saber, me fizeram crescer...
Joguei fora, os lápis pretos, marrons e cinzas, acho que estragaria os desenhos, não me importo com o contorno, desde que fique belo, desde que fique assim, bonito.
Querida Jude,

Arrumei-me pra dormir incomodada com essa coisa aqui dentro, parecia que tudo estava ficando sem foco;
Juro que pensei em vomitar, pensei em me matar, em matá-lo, quase que sobra pro pobre do peixinho, por obra e graça de alguém, todos permanecem vivos;
Estava apaixonada por alguém que estava indiferente ao mundo, acho que estou ficando indiferente a ele também;
Sei que vais achar estranho, mais chego ao recife por volta de 12h00minhs da próxima terça-feira, estou levando as chaves, não quero nada embaixo do tapete;
Entendo que havia deixado tudo pronto e que estava bastante feliz, mais hoje sinto que ele não vai aparecer. Talvez eu tenha entendido tudo errado, você me conhece sabe que eu sou mesmo assim, queria que ele entrasse em casa antes da minha partida;
Querida estou carente, carente do afeto dele confesso, estou carente do sorriso, do olhar, sei que vistes tudo, não menti é que ele não entendeu ou simplesmente não quis;
Às vezes esquecemos de buscar a felicidade que esta ao nosso lado, não que ele não mereça, sim ele merece, ele só não quer enxergar, ou prefere deixar pra lá.
Bem, sei que deixo claro as minhas intenções, queria ser motivo de 1/3 daquela felicidade que vem dos lindos olhos castanhos, não há nada a fazer a não ser abaixar a cabeça e voltar;
Acho que esta ficando cedo, o dia invade a minha janela. Se o vê-lo por ai, diga que deixe tudo que o pertence dentro de uma caixa em cima da mesa, um disco do pink floyd, o vhs de pulp fiction, os matérias e uma receita pra que ele possa fazer seu sushi sozinho, por fim deixo esse imenso sentimento que toma meu peito, sei que esse ele não vai enxergar, mais esta lá, as chaves reservas estão dentro do vaso de rosas, ele vai se lembrar;
Bom amiga, assim que voltar passo em sua nova casa, espero que se alegre com a minha visita, no mais vai tudo bem, agora é só o coração entender que não da mais, vai passar.

Com carinho, Nataly.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

-Mãe? Mãe?
- Oi meu anjo, que carinha é essa?
-Os amigos são pra sempre?
-Senta aqui, as amizades são que nem flores, a gente precisa planta-las,
rega-las, cuidar com maior carinho, cada margarida é diferente da outra.
Um dia plantei uma margarida no jardim da minha velha casa, eu a admirava
todos os dias, alguns achavam exagero, ninguem consegue amar assim, mais
eu ja não sabia viver sem aquela margarida.
-E hoje mamãe?
-Pode ser que eu nunca mais veja essa margarida minha pequena, mais vou levar comigo a certeza de que amei e fui amada, dentro do meu coração vou regar todos os dias essa margarida, pra que ela cresça linda, forte e feliz...

(bem bobinho viu, nunca vou conseguir escrever sobre o quão importante
você é na minha vida, até por que não inventaram vocabulo tão grande assim.
Obrigado por existir na minha vida Mai ^^ )

sábado, 12 de junho de 2010

Cadê, cadê...
É incrível como as coisas desaparecem, quando a gente mais precisa delas, se fosse qualquer outro aparecia, mais só por que eu o quero, some.
Acho que ainda tenho bastante tempo pra procurar, nem tenho tantos assim, minha casa é pequena se eu avaliar cada cantinho eu sei que eu vou achá-lo onde eu menos espero.
Ele entrou na minha vida de uma forma engraçada, a primeira vez que nos vimos, fazia um pouco de frio, dentro da festa estava ate bem abafado, gostei dele de cara, nem precisei pensar tanto.
Da primeira vez que saímos juntos, confesso que ele incomodou bastante, mais já estava tão envolvida, que nem ligava, só quando chegava em casa é que eu sabia, que ele iria me deixar grandes marcas.
Depois dele surgiram vários, de tamanhos e formas diferentes, todos encaixavam certinho, me fizeram feliz muitas vezes também, mais havia algo nele que me enfeitiçava que o fazia melhor que os outros.
Bem sinto que já perdi muito tempo procurando, vou me atrasar, queria que ele participasse desse dia tão especial, minha sapatilha vermelha ia combinar com meu vestido, é uma noite pra nos.
Ah! Achei! Deveria saber que ele estava debaixo da cama.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

E quando menos esperava achei o incomodo adulto dentro da menina que você tanto adorava;
O tempo voltou a passar depressa era a hora de parar, é eu sabia que ia acontecer, mais por que tão cedo?
Confesso que chorei um pouco, o corpo frio, a boca seca, alguma coisa sufocava o meu peito;
Sai assim, desconsolada, despreparada, eu nem sabia o que ia senti lá fora;
Sentada num banco, reconheci desfilar todos os covardes personagens que eu havia inventado os quatro amigos na praça, o homossexual confuso, a adolescente estuprada;
Foi dessa maneira que eu te encontrei, dei-me conta quando subia as escadas, revirando os papeis, era você nas duas cartas, era você na vontade de experimentar amar, era você no fim trágico da moça de semblante triste, era sempre você;
Perturbada derrubei prateleiras, queimei cadernos, fazia o que eu mais desprezava, escrevia sobre mim, escrevia sobre você, escrevia sobre um nos inexistente;
Agora aqui deitada sobre lençóis verdes, amargo a derrota do corpo e da alma, era normal, tudo que eu via, era tão dele, tanto esforço, nunca nem notou;
Uma aspirina, muito sono, apague a luz quando sair pode deixar o disco de Janis tocar, antes que acabe eu já vou ter adormecido.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Meu doce afeto,

Passei em casa pra deixar as chaves debaixo do tapete, e vi sua carta, desculpe não mandar tantas noticias, ando meio distraída com a nova cidade.
As coisas aqui estão bem, conheci tanta gente, ando vendo tanta coisa, sinto falta de você, me alegra saber que retomou a mudança, eu sempre soube que isso lhe faria bem, e me faça um favor, queime aquele velho sofá azul, conheço o seu gosto ele não combinara com nada..
Sobre o novo inquilino fico tranquila em saber que ele é de sua confiança, os outros que passaram deixaram tantas marcas feias nas paredes, perdi as contas de quantas vezes as pintamos, derrubar e construir tudo, foi uma ótima escolha.
Arrumando o guarda roupa, achei o seu disco do Chico, sei que ficara feliz com a novidade, tive que tirar algumas coisas, doei alguns casacos, sapatos, ele chega logo preciso de espaço na casa, de espaço no quarto.
Fiquei surpresa quando ele me ligou, não o esperava mais, já fazia tanto tempo, estou ansiosa pra saber como me achou, precisa conhecê-lo sei que serão grandes amigos.
Ficaremos um tempo no Rio pra desfrutar um pouco do frio que vem fazendo nessa cidade, faremos algumas compras, precisamos de um violão e uma nova gaita, os projetos são os mesmos, ele é a novidade dessa vez.
No mais sinto falta da sua alegria, assim que essa temporada acabar, estamos de volta, por favor, não esqueça de me mandar noticias, deixe um beijo pra todos.

Da sua grande amiga,
Nataly


PS. Comprei pra você um novo casaco, sei que gosta do velho azul com branco, mais acho que esse será do seu agrado, é simples, mas bonito, achei enquanto passeava por uma bonita rua na Lapa.
Espero que goste.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Chovia um pouco aquela tarde mais não incomodava, manchava meus óculos, tudo bem;
Todos os dias eu passava por aquela mesma rua, era calma, tinha umas casas antigas, bonitas, nunca imaginei senti aquilo tudo ali;
Havia muita gente, se não houvesse um ruído de choro tão forte, existiria o mesmo silencio cotidiano;
Aproximei-me daquela cena que me lembrava uma pintura antiga vista em algum filme, reparei uma moça bonita abraçada com um rapaz que devia ter seus 22 anos, alguns livros e cadernos espalhados, a chuva não parava;
Posicionada ao lado esquerdo, sentada na escadaria de uma casa verde, vi a moça de semblante triste levantar seu olhar e reparar os espectadores, foi quando ela beijou a testa do rapaz que descansará ali, alisou seus cabelos, entre lagrimas eu a vi gritar pra todos, quebrando mais uma vez o silencio, quebrando tudo;
Eu o amava, era o meu amigo, mais eu amava, respeitava os seus sonhos, suas melhores ambições, discordava de algumas coisas, mais eu o amava, essa tarde íamos ao cinema, ele nunca soube como me fazia bem a sua presença, ele nunca soube como eu queria tê-lo ao meu lado sempre, ele nunca soube do meu amor, do meu ciúme, do meu desejo, por que eu esperei o tempo passar, eu esperei ele enxergar, não deixaram eu dizer que eu o amava;
Aquela declaração invadiu a minha mente, rasgando a minha frieza, destruindo toda a certeza que eu construía durantes longos 20 anos;
A chuva aumentava, os curiosos desapareciam, vi quando uma ambulância levara o garoto dali, a vi recolher os papeis, cadernos e livros sozinha, algumas pessoas tentavam lhe dizer algo, ela os ignorava, nem me viu, não me notou, não notou nada;
Sai dali peguei meu ônibus, molhada, atrasada, não sabia no que pensar, se não houvesse largado a tanto tempo, acenderia um pra passar o frio;
Bem desculpe chegar assim tão tarde, desabafar assim, só tive medo que não desse mais tempo, nunca sei quando vou encontrá-lo, obrigado por existir, obrigado por fazer que eu me sinta assim, bem;

sábado, 5 de junho de 2010

Sentada entre os dois lados de um mesmo sofá, esquecia de pensar, um idiota qualquer no meio de tanta gente, no meio de um copo de bebida interminável, me diz a seguinte frase...
-nunca entendi bem o que é ta apaixonado...

-escute bem, não vou repetir de novo...
quando criança é o que você quer mais, senti, de repente acontece, bom muito bom, aquela sensação, de um corpo inteiro gelando e queimando ao mesmo tempo, um descontrole automático, de mãos, pernas, braços... um descontrole do corpo, um bom conselho permaneça sentado, você pode cair...
parece até besteira mais quando nada acontece é a pior coisa do mundo, já se sentiu um lixo? pronto, é assim, não adianta ser auto suficiente, não adianta ser egoísta, la no fundo você vai sentir, um aperto que puxa o seu peito pra dentro e parece sufocar, as vezes me lembra a cólica num lugar diferente, tenho as mesmas reações, choro, choro, deito na cama, rolo de um canto a outro até achar uma melhor posição e nada;
espero que aconteça, é sempre melhor, todos os dias a mesma felicidade, ama-se o mínimo, o todo não existe, é o sorriso, o olhar, o andar, o falar, cada parte dividido, não a paixão e sim as partes que formam a paixão;
traduzindo, é bom se apaixonar, mais passa, paixão sempre passa.

um cigarro e um filme qualquer encerraram essa noite.



(qualquer semelhança com uma estoria verídica não é conhecidencia, né Juan \o/)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Uma declaração de carinho.

Querido amigo,



Foi assim por acaso, sorria que nem uma pequena idiota, ele vinha daquele jeitinho, desengonçado, magrinho, bonito;
Era uma espécie diferente, passou por mim, passou por um rio de pessoas, se estalou ao lado esquerdo daquele automóvel enorme, era uma quinta-feira, fazia um calor infernal, foi assim que eu o conheci pela primeira vez;
Comecei a analisar as diferentes maneiras de ele ser o mesmo, nada demais, mas às vezes tinha vontade de enfiar minha cabeça no buraco mais próximo, o freio me fez esquecer, passou-se um mês;
Naquela novidade cotidiana os passeios se tornaram mais divertidos, em tempos mais remotos, puxaria uma conversa qualquer, mais não sabia o que dizer a não ser que era engraçado a forma com que ele olhava sempre pra frente do ônibus, com aquele fone preto no ouvido esquecendo do mundo, se desligando de tudo;
O conheci pela segunda vez numa noite com poucas estrelas, depois de um abraço confortante, naquela que mais tarde ouviria tudo isso, notei o sorriso dele e a lembrança da minha figura, desconcertante, não acreditava, no que via, ouvia;
Era um sábado, tão quente como aquela quinta-feira, a única diferença é que dessa vez existiam palavras, depois disso notei seus castanhos lindos olhos, um sorriso encantador, um intelecto fascinante e ainda desengonçado, magrinho e bonito;
Seria necessário outros passeios por esses papeis pra explicar tudo que vem acontecendo, rimos bastante, discordamos outras tantas, eu uma espécie de hippie modernizada, ele um típico rockeiro urbano anos 80, apesar desse incrível contraste, sim nos damos bem, apesar de algumas diferenças de ego, nos damos muito bem;
Hoje ele continua assim, seu bom gosto por musica, cinema, faz da sua companhia mais do que agradável, é essencial, se tornou uma parte minha naquela que seria e será a nossa viajem todos os dias, juntos.
No mais, aguardo uma resposta a essa declaração de carinho em forma de carta, qualquer novidade lhe envio pelo correio.


De sua amiga Natália.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

É seu moço ela nasceu de sete meses, pequena, magrinha, feia, diziam que pareci comigo, nunca liguei;
É seu moço, dava um trabalho essa tal de Carolina, parecia um moleque, corria pro rio pra pescar, empinava pipa e jogava pião, demorou pra se ajeitar essa menina;
È seu moço nunca vi tão dificil pra estudar e olhe que a gente disse que não teve oportunidade, que explicou, insistiu, viver pra ela era contar estrela, até tarde;
É seu moço foi dificil mudar de cidade, ela falava de uma tal de lealdade, que eu quebrava a cada passo, já fez oito anos e essa ai nunca veio atras pra reclamar;
É seu moço parei de trabalhar, troquei com a mulhé, não podia, tava doente do coração, tinha que dormir, tinha que parar;
É seu moço ela agora tinha dezesseis, tava mais bonita, com mais jeito de mocinha, alisei seus cabelos enquanto dormia, sonhei com a minha filhinha;
É seu moço já eram meio dia, tava um dia quente como a muito tempo não se via, ssegurei ela na cama e toquei seu corpo, ela chorava, mais eu a queria, não pensei eu só queria;
É seu moço depois veio a tristeza ela só tinha dezesseis e eu tive que matar a Carolina, ninguem nunca vai entender eu a amava, eu precisava, era a minha menina, era a minha filha Carolina.

domingo, 30 de maio de 2010

Experimente.

Experimente aprender a amar...
Sinta o coração bater acelerado, as mãos ficarem frias e tremulas, note que sempre haverá algo que vai lembrar ele...
Experimente amá-lo...
Acorde e fique feliz apenas por ele existir, se arrume mais, viva cada momento com toda a intensidade do mundo...
Experimente viver o amor...
Apresente-o ao seu mundo e deguste o dele, entre na família, o torne parte da sua, faça planos pro futuro...
Experimente sofrer por amor...
Chore um pouco, brigue por bobagens, tenha ciúme de amigas...
Experimente admitir que acabou o amor...
Arrume desculpas e defeitos, ache-o feio, levante a cabeça, se sinta auto suficiente...
Experimente brincar com amor...
Saia toda sexta, sábado e domingo, ligue pra antigos amigos, saia com pessoas das quais o nome você nunca lembrara...
Experimente sentir falta de amar...
Note que os seus amigos estão amando, veja que às vezes é bom conversar sobre besteiras que só tem graça por amor, conheça e viva alguém que você nunca esperava...
Experimente aprender a amar...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Iria morrer, depois de anos trabalhando no mesmo lugar, me doando a homens e mulheres, iria morrer;
Trajada com o vestido vermelho, notei que aquele doutorzinho de merda comia as minhas pernas grossas e esquecia da minha morte, puta não devia morrer;
Sai atordoada, procurei um cigarro, nada, procurei dinheiro, nada, prostituta, falida e moribunda;
Voltei pra pensão só pensava em dormir mais não conseguia, chorei, ou melhor, tentei chorar, tomei alguns calmantes, apagada;
Levantei eram 22:15, blusa branca, saia preta, assim iria facilitar, sempre facilita, na esquina comum de toda uma vida, fiz cinco programa, naquele fim de noite fazia frio, um frio diferente;
Já eram 4:42 e eu voltava pra casa, voltava pro meu túmulo, esquina escura, senti uma mão tapando a minha boca, os braços firmes me empurrando contra a parede, uma dor terrível nas costelas, pensei em gritar, um murro perto do nariz, o sangue já escorria pelo rosto, ao puxar meu cabelo cai no chão, abriu as minhas pernas, me comeu ali mesmo, só pensava no que diriam de mim, o estupro de uma puta;
Tava escuro, chovia pouco, era claro quando ele me viu, um nojo nos seus olhos, 04 de Março de 1983, ele só tinha 16, escolheu os amigos errados, uma prova errada, a puta era sua irmã, a puta errada ele gritou, falso moralista, um tiro na cabeça, duas mortes, um erro;
Meu sangue lavou as calçadas daquela madrugada fria, sem filhos, sem amores, sem nada, puta, fria, morta.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Acho que tinha uns quinze anos, meus amigos falavam daquela noite como se fosse a última de suas vidas eu não estava nem um pouco interessado em fantasias, melodias, pornografias;
Gostava dos meus carrinhos, da minha coleção de selos, dos domingos da missa;
Mais fui, fui como um cachorro preso que preferiria o quente dos tapetes velhos, aos passeios noturnos da grande cidade;
Sentei-me ao canto, observei todo aquele acontecimento normal pra minha idade, mas que me encomodava, que me frustrava muito, até que sai, la fora reencostado numa pedra acendi um cigarro, dei um gole na minha coca-cola e vi o andar, andar doce, ao longe parecia um anjo, parecia flutuar;
Sensação esquisita senti um calafrio correr todo o meu corpo, as pernas estavam levemente bambas, meu coração acelerado, eu não era mais um menino, meninos é que sentem isso, já tinha quinze era um homem e meu anjo ali;
Ficaria a noite toda preso naquele andar, pensei na minha mãe, nas lições do catecismo, nos amores impossíveis dos romances lidos no colégio, por um instante fechei os olhos e senti ele perto de mim, senti uma vontade tomar conta de tudo, e de repente o medo, era um pecado, um erro...
Mais um trago no cigarro, último gole daquela coca-cola, levantei-me, enxuguei o rosto molhado de suor e parti, parti como uma criança boba, dentro da festa, meus amigos divertiam-se ao som das baladas que esquentavam aquela década de 70 e eu pensava no meu anjo;
Nunca mais o vi, nunca esquecerei o garoto de cabelos negros e de olhos verdes, meu anjo que flutuou pra longe me trazendo a certeza de quem eu sou.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

- Bonito?
- sim, um pouco
- inteligente?
- o suficiente pra me fazer rir...
- romantico?
- não sei, não sei mesmo, parece ser, não posso afirmar...
- então pra que tudo isso?
- de repente eu me vi muda, meu coração batia acelerado parecia um tambor ou sei la o que, me incomodou ao ponto de que eu queria chorar sabe, queria voar em seu percoço e ele nem me viu, nunca nem notou que meus olhos tinham a mesma cor dos dele, que tinhamos o mesmo gosto musical, uma maneira parecida de vê o mundo, não, não... ele não notou, não viu nada, passou sorrindo, passou feliz, e eu fiquei ali muda, triste, eu nem sabia o por que, so sabia que sentia.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

São exatamente 23:15 e me deparo com a duvida de recordar uma palavra, uma palavra dita a muito tempo e que hoje é de grande importância.
Tento me lembrar do fim, o começo ta sempre me escapando, a palavra ta ali no meio, já faz tanto tempo...
Revirei cartas, li gavetas, pensei loucamente em ligar pra amigos, gritar pra alguém quem sabe, mais quem?
Trabalhar. é trabalhar seria uma boa saída, são tantos os projetos em cima da minha mesa, nada faz sentido, falta ela lendo um livro, fumando aquele cigarro nojento.
Ela! é, ela deve saber, 23:45, tenho que correr, pensei no carro não lembrei onde pus as chaves, assim descalço, com os cabelos desarrumados, assim cru, corri 5 ruas, como um louco, como um bobo.
Corri, corri, parei. Velho portão azul, campainha, ela.

-O que foi?
-Ah, que bom, obrigado...
- O que foi?
- Saudade. Eu sabia que só você sabia.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

E quando ele se foi senti o desejo dentro de mim, parecia que ele estava ali, forte.
Havia tomado um, dois, três banhos, ainda conseguia enxergar suas mãos abrindo as minhas pernas, invadindo o meu mundo não tão secreto, mais ainda sim meu; homem.
Meu príncipe era um ordinário plebeu, chegou ganhando espaço, um charme que brotava dos seus profundos olhos castanhos, tomou-me a mão, em troca dei-lhe uma contra dança, em troca dei-me.
Foram poucas as palavras, sua boa quente marcava a minha nuca, era um erro, era bom.
Mãos grossas, mãos firmes, agarraram os meus cabelos, desenhou com as pontas geladas dos seus dedos todo o meu ser.
Hálitos quentes, gemidos fortes, parede e chão, eu deveria parar, eu conseguiria parar, mais eu não queria e de repente parou, ele havia despejado todas as suas intenções dentro de mim, vestiu-se, atacou os sapatos, sobre a camisa de linho branco, um smoking negro, um beijo na testa e o vazio daquele aposento.
Só na escuridão daquele quarto, eu estava nua, crua e só.

- e como se chamava?
- não sei. Só lembro dos seus profundos olhos castanhos.




Natália Rafaela.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

E de repente a tristeza.
Entrou invadindo minha casa, se instalando no meu quarto, mil tentativas nulas de fuga, se apoderou de mim; um ser alto de longos cabelos cacheados, uma voz firme, um intelecto fascinante, era a minha tristeza; mais um copo de uísque.
À noite ia se esquivando, correndo atrás de uma saída desesperada de não vê meu rosto encosto um colchão velho na janela com a esperança de dar de cara com o escuro que só eu enxergava; mais um dia, mais uma garrafa.
Deitada na cama, só, nua, não existia calor ou frio, apenas uma forte dor no peito, um aperto inconveniente; mais ele estava feliz, existia dentro dele uma felicidade que não era minha, que não vinha de mim; uma garrafa e meia, eis que surge meu ser egoísta.
Eu não conseguia chorar, assim como em qualquer outro fim, eu não sabia mais como chorar, ia ser cruel demais pra mim, ia ser cruel demais pra ele; ultimo cigarro, ultimo fim.
Irracional, leviana, boba, esse tudo se resumia a isso e o nada também, sentia fome, sono e a dor ali, a embriaguez tomara conta de todo o emocional, tomara conta de tudo, não e sim, se confundiam como naquele dia em que nossos corpos, se tornarão um; loucuras sexuais, parar de beber e enxergar cores era essa a minha única saída,
Então me vesti e sai, nada de bares, nada de nada, queria amar a mim, queria o mundo, mais só sabia amar você.


Natália Rafaela

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Meu super tio.

Eu o admirava de longe, um sorriso encantador, aquele jeitão todo andando pra lá e pra cá, simpático e feliz.
Era a mesma idéia de criança, o super homem, um super tio, os heróis não morrem, os heróis não sofrem.
As festas elas ficavam, mas animadas com as suas brincadeiras, os dias eram mas bonitos, não adianta falar nada, se ele sorrir tudo muda.
Ao acordar de um pesadelo notei que faltava algo dentro de mim, um pedaço que ninguém perguntou se podia levar, mas ele sempre chegou e saiu quando quis, suas visitas eram motivos de risos e abraços, ele sempre chegou e saiu assim, de repente.
Recordo do garoto que carregou a menina escandalosa no braço, do homem que viu a sobrinha triste e sorrindo disse que ela ficava, mas bonita quando não chorava, do amigo que aconselhou a ter cuidado quando confiar demais nas pessoas.
E quando pensar em você vou lembrar do seu sorriso, vou lembrar de como era bonito, de como me fazia bem a sua presença, lembrarei sempre de como me fez bem em tudo e com tudo, meu super homem, meu super tio.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Parada em frente a mesma porta, dividia entre o não e o sim, saio levando o talvez, pra quê arriscar? Outros farão isso por mim.
As ruas sempre movimentadas, o transito um caos, já são 8:00 da manhã e não há nada diferente,tudo bem.
Um café, um cigarro, jornal dentro da pasta, dentro do escritorio, rotina, a mesma de 4 anos, então por que o incomodo?
Não me sinto bem, saio pra almoçar e volto pra casa, prefiro assim, hoje o dia está tão frio, nem sei o nome do meu vizinho, isso agora me soa tão seco, tão improprio, triste.
Um banho e cama, meu corpo pedia repouso e ainda era segunda-feira, já deitada ligo a tv, analiso bem os canais, nada de interessante, ligar pra alguém talvez fosse a melhor saida, mas quem? Não existe ninguem.
Ali deitada noto que ainda sei chorar, noto que ainda sei sentir e tenho medo disso, medo por não ter colo, medo por não ter nada.
Criei traumas na minha mente, alguns reais, nada que merecesse tanta importância, já outros era o puro medo de arriscar.
Sinto falta do não ou do sim, é tudo tão vazio aqui dentro, meus sonhos e ideias se perderam com o tempo, por medo de cair, por medo de perder.
O mundo la fora girava e aqui dentro ta tudo tão parado e por que eu gostava disso?
A noite vem invadindo a minha janela, olho no espelho e não enxergo nada, alguns novos traços talvez, eu era tão bonita, eu era tão viva, hoje não sobrou nada.
Ainda deitada, sinto sono, sinto dor, a dor de um nada dentro de mim.
Ao acordar amanhã, irei escolher entre o sim ou o não, nunca é tarde pra sentir.

domingo, 28 de março de 2010

“Nada de pensamentos complexos” ele disse, eu fiquei ali muda, parada naquele sorriso encantador e entre alguns tantos copos de uma bebida ruim, me senti leve e dominada por suas mãos firmes.
Ele tinha virado alguém, e eu estava presa a um momento, uma conversa agradável que durava horas, por um instante notei que ficava tensa quando percebia que seus olhos invadiam os meus, tenso.
Sempre soube o quão ruim era agir sobre pressão, costumava negar qualquer informação nessas horas, e tudo que eu sentia ali me pressionava tudo que eu via me deixava cada minuto, mas tensa.
Recordo de frases ditas sem sentido, de sorrisos dados no momento errado, ainda sinto a sua mão passando entre meus cabelos, um carinho puro, um carinho bom.
Entre os gigantes corredores, lembro do seu caminhar calmo de passos leves, da voz engraçada, do abraço e das brincadeiras, eu observava tudo de longe, ele nem notou, tudo bem.
Foram dias pensando em falar algo, qualquer coisa que fizesse sentido dessa vez e o tempo foi passando, foi passando lento e de repente eu o vi ao longe, era ele sim, ninguém conhecia melhor aquele andar, distraído e bonito, nunca soube o que passava dentro daquela cabeça, se ele tinha medo, se ele sentia dor, era apenas ele, leal a suas escolhas, leal ao seu modo de viver

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sem motivos pra escrever, a vontade que tenho é de largar esses malditos remédios e dormir pra sempre.
O estranho é que eu escolhi a cor do quarto e agora ele me parece branco demais, frio demais, morto demais.
Queria pintar o mundo, escrever os amores, resumir os sentidos, mais essa tosse atrapalha tudo, não consigo me concentrar com esses malditos desmaios, há uns 20 dias viver era mais fácil.
Sinto falta dos meus amigos, são todos expulsos de casa, ninguém pode me vê, dentro do meu casulo, vou ficando mais magro, cada dia mais pálido, o mundo é mais colorido visto da minha janela.
Sinto falta de alguns abraços, de um beijo marcante, do som do violão, das conversas sem sentido, do cheiro do mar, é tudo tão recente e tão doloroso.
As palavras tão sumindo 21h00min, hora do remédio, meu controlador de vida, daqui a seis meses uma possível cura, daqui a seis meses uma possível vida.
Tenho todo esse medo de que não de tempo de abraçar um alguém, alguém tão importante, alguém que me fez tão bem em dois dias.
Agora preciso sair, voltar pra minha cama, meu corpo esta fraco pra ficar aqui, pra ficar em pé, mais daqui a seis meses tudo passa, e novas telas iram colorir o branco triste da minha prisão.
Em quanto alguns brincavam de ser boêmios eu levei a serio, e fiquei com a mais triste parte, mais meus sonhos tem cura.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ela queria amar, ele queria viver, foi ai que os dois se perderam no tempo.
Uma janela a convidou a conhecer o outro lado da vida, um copo fez com que ele se distraísse e tentasse esquecer.
Os dias que passavam traziam pra ambos a certeza do fim, pra ela só ele podia fazê-la feliz, pra ele o amor não é um sentimento real, se esquece.
Ela buscou na certeza das experiências passadas um pouco de conforto, já ele trouxe mais dor a tudo aquilo, ela confiava nele, ele nunca acreditou nela.
Queria poder conversar com os dois, queria poder assumir todos os erros, todos os medos, todos os traumas...
Mais não posso, não devo.
Ela me prometeu lutar por ela pra poder lutar por ele, ele achou melhor lutar por ele pra deixar outro sem amor lutar por ela.
O tempo que os trouxe, os afastou duas vezes, ela leva dele a felicidade de um fruto plantado dentro dela o amor mais puro do mundo, ele prefere se fechar em copas do que acreditar que um dia o tempo vai trazê-los de volta.
Eu dei pra eles a chance de serem felizes, e eles me retribuíram com o medo infantil de ferir o ser amado...
Um dia, mais cedo do que pensam eu volto ate eles dois, e dou mais uma chance, e dessa vez eles vão estar prontos pra amar sem medo.

Natália Rafaela.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

São 19 anos de vida... Pouca coisa? Pra alguns sim, pra mim o suficiente pra comparar a minha vida com uma montanha russa, assustadoramente interessante.
Podia começar agradecendo a todo mundo que fez parte, que mudou minha trajetória, mais assim todo mundo faz...
Quero voltar pro Rio de Janeiro, não que Recife me faça mal, ou que não tenha me ensinado nada, mais encontrei no Rio uma maneira verdadeira de viver a vida, uma forma assustadora de realizar meus sonhos, e os amigos? Os familiares? Nunca esquecerei de ninguém mais quero ir e poder ficar, não tenho vontade de voltar, quero criar meu mundo lá, quero poder fazer historia.
Curso de cinema e fotografia é o que mais tenho vontade de fazer, explorar meus conhecimentos, meus sonhos, explorar minha capacidade de criar e construir distribuir arte.
Montar um grupo de críticos, amigos que se encontram que abandonam seus vícios, seus amores, e lá dentro são só suas idéias, pessoas anônimas, que estão ali pra discutir, pra conhecer e distribuir tudo que sabe, o conhecimento nunca é demais na vida de qualquer ser humano.
Esperar resultado do vestibular entra na faculdade que sonho, que vontade louca de fazer um curso superior, mais isso eu já pude interferir agora infelizmente é só esperar, maldita ansiedade.
De amor eu to bem, encontrei alguém que me completa, que eu posso contar, alguém que sempre divide comigo os sonhos, a vida, eu só devia me esforçar mais, como parceira, como amiga.
Morar só, é isso é fato, viver sozinha, minhas regras, meus gostos, minha casa, independência, mais pra isso vem o outro ponto, arrumar um emprego, crescer financeiramente antes de ser independente.
É tudo que falta pros próximos 19 anos que estão por vir, nada de mais, só coisinhas que todo mundo devia ter.

Natália Rafaela

sábado, 16 de janeiro de 2010

Inconscientemente desejamos nunca ter respostas pra nossas perguntas, tudo ficou tão sem graça quando descobrir o porquê que o céu azul, ou como os filhos são feitos. Infantilidade? Talvez.
Os sentimentos fazem parte dessa lista de duvidas constantes, no amor julgamos o porquê das mãos frias, as palavras que somem da boca, até do rosto avermelhado, na amizade questionamos como se deposita tanta confiança, o rir de piadas sem graça, a saudades quando se afasta por tanto tempo, na raiva o motivo é mais forte a vontade de querer bater e matar alguém, de desejar que o teto caísse em sua cabeça, quanto mais se deseja, mais se pergunta o porquê de tanta duvida sobre tais sentimentos.
Então me pergunto como seria viver sem elas, nada de respostas todos saberiam o que pensar, como agir, não aprenderíamos, não viveríamos, seria tudo tão igual e sem graça, seria como o meu céu azul, aquele que eu descobrir o porquê de sua cor.
Minhas duvidas me fazem ter certeza de que viver sem elas é parar de pensar.

Natália Rafaela