quarta-feira, 7 de abril de 2010

Parada em frente a mesma porta, dividia entre o não e o sim, saio levando o talvez, pra quê arriscar? Outros farão isso por mim.
As ruas sempre movimentadas, o transito um caos, já são 8:00 da manhã e não há nada diferente,tudo bem.
Um café, um cigarro, jornal dentro da pasta, dentro do escritorio, rotina, a mesma de 4 anos, então por que o incomodo?
Não me sinto bem, saio pra almoçar e volto pra casa, prefiro assim, hoje o dia está tão frio, nem sei o nome do meu vizinho, isso agora me soa tão seco, tão improprio, triste.
Um banho e cama, meu corpo pedia repouso e ainda era segunda-feira, já deitada ligo a tv, analiso bem os canais, nada de interessante, ligar pra alguém talvez fosse a melhor saida, mas quem? Não existe ninguem.
Ali deitada noto que ainda sei chorar, noto que ainda sei sentir e tenho medo disso, medo por não ter colo, medo por não ter nada.
Criei traumas na minha mente, alguns reais, nada que merecesse tanta importância, já outros era o puro medo de arriscar.
Sinto falta do não ou do sim, é tudo tão vazio aqui dentro, meus sonhos e ideias se perderam com o tempo, por medo de cair, por medo de perder.
O mundo la fora girava e aqui dentro ta tudo tão parado e por que eu gostava disso?
A noite vem invadindo a minha janela, olho no espelho e não enxergo nada, alguns novos traços talvez, eu era tão bonita, eu era tão viva, hoje não sobrou nada.
Ainda deitada, sinto sono, sinto dor, a dor de um nada dentro de mim.
Ao acordar amanhã, irei escolher entre o sim ou o não, nunca é tarde pra sentir.

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