quarta-feira, 2 de junho de 2010

É seu moço ela nasceu de sete meses, pequena, magrinha, feia, diziam que pareci comigo, nunca liguei;
É seu moço, dava um trabalho essa tal de Carolina, parecia um moleque, corria pro rio pra pescar, empinava pipa e jogava pião, demorou pra se ajeitar essa menina;
È seu moço nunca vi tão dificil pra estudar e olhe que a gente disse que não teve oportunidade, que explicou, insistiu, viver pra ela era contar estrela, até tarde;
É seu moço foi dificil mudar de cidade, ela falava de uma tal de lealdade, que eu quebrava a cada passo, já fez oito anos e essa ai nunca veio atras pra reclamar;
É seu moço parei de trabalhar, troquei com a mulhé, não podia, tava doente do coração, tinha que dormir, tinha que parar;
É seu moço ela agora tinha dezesseis, tava mais bonita, com mais jeito de mocinha, alisei seus cabelos enquanto dormia, sonhei com a minha filhinha;
É seu moço já eram meio dia, tava um dia quente como a muito tempo não se via, ssegurei ela na cama e toquei seu corpo, ela chorava, mais eu a queria, não pensei eu só queria;
É seu moço depois veio a tristeza ela só tinha dezesseis e eu tive que matar a Carolina, ninguem nunca vai entender eu a amava, eu precisava, era a minha menina, era a minha filha Carolina.

2 comentários:

  1. comentários? não existe! retratos da vida real! É seu moço... retratos da vida real!

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  2. DO CARALHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO.....DONA MOÇA!!!

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